CRESCER...

Durante a nossa vida causamos transtornos na

vida de muitas pessoas,

porque somos imperfeitos.

Nas esquinas da vida, pronunciamos palavras inadequadas,

falamos sem necessidade,

incomodamos.

Nas relações mais próximas, agredimos sem intenção ou intencionalmente.

Mas agredimos.

Não respeitamos o

tempo do outro,

a história do outro.

Parece que o mundo gira

em torno dos nossos desejos

e o outro é apenas

um detalhe.

E, assim, vamos causando transtornos.

Esses tantos transtornos mostram que não estamos prontos, mas em construção.

Tijolo a tijolo, o templo da nossa história vai ganhando forma.

O outro também está em construção e também causa transtornos.

E, às vezes,

um tijolo cai e nos machuca.

Outras vezes,

é o cal ou o cimento que suja nosso rosto.

E quando não é um,

é outro.

E o tempo todo nós temos que nos limpar e cuidar das feridas, assim como os outros que convivem conosco

também têm de fazer.

Os erros dos outros,

os meus erros.

Os meus erros,

os erros dos outros.

Esta é uma conclusão essencial:

todas as pessoas erram.

A partir dessa conclusão, chegamos a uma necessidade

humana e cristã:

o perdão.

Perdoar é cuidar das feridas e sujeiras.

É compreender que os

transtornos são muitas vezes involuntários.

Que os erros dos outros são

semelhantes aos meus erros e que,

como caminhantes de uma jornada,

é preciso olhar adiante.

Se nos preocupamos com

o que passou,

com a poeira,

com o tijolo caído,

o horizonte deixará de ser contemplado.

E será um desperdício.

O convite que faço é que você experimente a beleza

do perdão.

É um banho na alma!

Deixa leve!

Se eu errei,

se eu o magoei,

se eu o julguei mal,

desculpe-me por todos

esses transtornos…

Estou em construção!

TEXTO DE: Gabriel Chalita.