MEU EU

JOGA SUAS MIGALHAS DE UM PÃO COMUM SOBRE O CHÃO

E EU, MORRENDO DE FOME, ME SUBMETO A ESSE CAMINHO PARA ALIMENTAR UMA NECESSIDADE FÍSICA.

O MEU ESPIRITO SE HUMILHA, MAS A MINHA FOME CESSA.

MEU CAMINHO FICOU PARA TRÁS, MAS MINHA VIDA PERMANECE.

É ALIMENTADA DA ANGUSTIA DE ME DESPRENDER DE MIM.

FIQUEI NO PASSADO....

QUEM SERA ESTE SER ALIMENTADO?

FICO LOUCA AO PENSAR QUE NÃO SOU EU...

VOLTO CORRENDO ATRAS DE MIM,

GASTANDO TODA ENERGIA POTENCIAL INGERIDA,

QUE COMBINADA A ENERGIA CINÉTICA GERA UMA ENERGIA MECÂNICA CAPAZ DE ME MOVER A UMA VELOCIDADE ALTÍSSIMA.

CHEGUEI TARDE...

ESTAVA ALI DEITADA, EM PARTES CONSUMIDA POR BESTAS FERAS DA ESTRADA.

ME APROXIMEI E VI QUE ESTAVA MORTA...

NESSE MOMENTO A ENERGIA POTENCIAL SE ESGOTA.

JAZ AGORA MEU SER COMPLETO,

MORRENDO JUNTAMENTE NESSE CENÁRIO ABERTO.

O TORMENTO É CONSUMIDO...

E O SOL SE PÕE NO HORIZONTE.

Gabriela CAS
Enviado por Gabriela CAS em 26/07/2015
Reeditado em 01/01/2016
Código do texto: T5324464
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