Não me pergunto mais para onde vou, simplesmente sigo.
Não me debato mais  entre indagações das quais jamais terei respostas. Cansei simplesmente ou amadureci para compreender que é preciso aprender a viver sem receios, sem expectativas, sem modelo. E isto não é uma tarefa fácil, nananão.

O mundo está em convulsão e  eu observo.
Estilhaços me atingem vez em quando, porém recolho-me nos meus abrigos interiores e assim distancio-me prudentemente para que a contaminação radical não me detone, não me exploda, não me destrua.
Entrego-me, aceito, confio, agradeço e rendo-me ao fluxo  numa expansão deste discernimento, assim consigo não acoplar-me a inconsciencia da massa desgovernada. Mergulho em mim e desperto. 
 
Cada um é livre para seguir em frente, é preciso respeitar  opções e escolhas, já desembainhei a espada faz tempo atrás, busco a unidade e paz interior comigo, pois assim estou em paz com o mundo.
O custo é alto para trilhar este caminho, a solidão é companhia constante, mas a satisfação de trilhar estas paragens é inigualável, são momentos mágicos, unicos, especiais.

Alio-me a percepções e sensibilidades que me confirmam a existencia de outras realidades,outros destinos, outros universos.
Mas é preciso tirar os veus, os medos, sentir a dor, fazer catarses.
É preciso não esperar respostas, entender as sincronicidades,captar  a intuição, saber ler  sinais, abrir o coração e a mente para o novo e lançar-se no vácuo, no vazio repleto de todas as possibilidades e potenciais que somente existem neste momento, eterno agora.
  
Mariangela Barreto
Enviado por Mariangela Barreto em 18/07/2015
Reeditado em 26/07/2015
Código do texto: T5314847
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.