Posso?

Assimilar o verbo imposto

De que o incorreto seja permitido

Para agradar a conveniência alheia

Ou mesmo a minha e que,

Em nada convém ao que acredito

Trazem à tona coisas primordiais

As quais não podem adormecer jamais

Não sou o dono da razão

E nem tenho tal pretensão

Falo por mim, a obediência é viável ao que é direito

E não ao que me coloca em vantagem

Ou alguém em vantagem

Chegar primeiro nem sempre é estar à frente

Recuar um passo pode significar avançar mil

O troféu sem uma história digna de conquista

Não passa de um mero objeto de enfeite

A honestidade é prejudicial a um sistema corrupto

Na balança, seu peso é maior

Ou menor, dependendo do ponto de vista

Não preciso de “jeitinhos”,

Preciso de oportunidades para provar que sou capaz

Fico com ela, a honestidade

E ainda posso e consigo dormir...