Pai de primeira viagem

Na tarde de 04 de junho de 2007, percebi que ia ser pai aquele dia, foi um surto de felicidade imensurável, sem poder quantificar a emoção, tento explanar agora tudo o que passa na cabeça de um pai, depois que um ser muito importante para sua vida, nasce.

Antes de a minha pequena surgir, rolava dentro de mim um nó agudo e cego, querendo atar-se da realidade, pois todo nervosismo ascendia um tremor envolvendo medo, insegurança, alegria e amor. Foi pura emoção mesclando minha vida de realidade e ficção, entretanto fomento cada detalhe ainda como um sonho, apesar de ter certeza que esta fase já passou.

Fico abismado como a perfeição esconde qualquer diferença entre os pais e sua semente, mesmo que pequenos detalhes surgem e encantam ao perceber a semelhança sagrada herdada dos progenitores. Está tudo indo vento em polpa, sem fadigar o pensamento com o cansaço, nem questionar a dor que a madrugada deixa no corpo humano necessitado de descanso.

Sei que nada disso foi obra minha e sim de Deus, no entanto sem sua aceitação não estaríamos com a felicidade fazendo zig-zag nos nossos corpos. Encarei a vida e tentei trazer para junto de nós um amor confeccionado em carne e osso para sacudir a vida de quem está em sua volta.

Finalizo aqui explicando porque escrevi estas palavras. Tento expelir alegrias através de meus poros, consumido pela essencia que reuniu quatro estações em um só coração. O outono me deixou embebedado com seu frescor, a primavera questionou a flor que abriu uma rosa pra mim no dia 4 deste mês, o inverno tirou a frieza que reinava na inconsolada impaciência flagelando a espera tardia e por ultimo o verão chegou com sua intensidade fazendo da minha criança mais um membro da sociedade.

ZUKER
Enviado por ZUKER em 08/06/2007
Reeditado em 08/06/2007
Código do texto: T518703
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