POESIA DA VIDA

Um homem que foi, ao meio dia da vida uma árvore para muitos, terminar a mendigar praticamente. O que é a vida! Uma árvore frondosa a muitos e hoje um toco que só será percebido se toparem nele.

A vida é diversa e misteriosa. As horas da manhã são uma, às do meio dia outras e as da tarde antecedem as noturnas.

Feliz o homem que chega às três pernas, mas chegá-las com honra é uma coisa e sem honra é uma oposição indesejada.

As torres da casa a cair, os soldados sem forças, as janelas da alma fechadas, os moedores idos e as dobradiças enferrujadas. Somente as lembranças do passado e a desgraça do presente dá-se motivos às reflexões futuras, turvas, certamente, já que o homem começa a morrer quando nasce.

CARLOS JAIME
Enviado por CARLOS JAIME em 12/03/2015
Reeditado em 16/06/2016
Código do texto: T5167904
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