Toc-toc-toc

Toc-toc-toc são tropeções do meu toque ao dar meus trotes nessas versões.

Moro na velha São Roque, São Paulo, onde não dá pra trotar a galope, tal a “rupesticidade”, termo que acabo de inventar para rimar com cidade, pois, este é o meu fraco toque, tal a falta de capacidade parnasiana que, agora se faz rimar com banana. Procurei no pai do mais otário, e não achei no implícito dicionário, então diante de minha altivez atrevida, o verbete rupesticidade lá o coloquei sem rusticidade, só por desfaçatez desta vez, pensando em minha lúdica vida outra vez.

Cidade rupestre, decantada pelos vinhateiros agrestes, ao menos é isso que me parece, encravada nos montes, cheia de altos e baixos, nem dá pra ver o horizonte, a menos que se saia de baixo pode-se sossegar o facho, eu acho!

São Paulo ficou lá pra cima; tenho de dar-lhe uma rima, porém, rima que venha de cima, bem lá do além donde a menina de minha visão nem alcance não...

São Paulo da garoa, êta que coisa boa, acho que estou remando à toa em cima dessa lagoa de maionese sem rima, protegendo a minha tese prescrita nesta sina.

Vou abusar e falar de cima e sem cisma. Acho que agora achei: Da cidade de Tarso, Paulo tirou o calço, pois, com esse antigo salto, Saulo saltou pra Paulo.

Toda essa encrenca pra falar de Marcelo, rapazote inteligente e até fosforescente já que andarilhava chutando caixinha de fósforos suponho que vazia e que porventura se postasse despretensiosamente em sua frente a lhe fazer cortesia, e às vezes Marcelo parava de fazê-lo com zelo, e em seguida voltava para novamente chutá-la com muito prazer e desvelo. O que acontecia corriqueiramente até com as latinhas de cerveja, não respeitava nada, o objeto de seu toque era como qualquer escroque. O que ele queria mesmo era chutar, porém, com categoria, e de tanto praticar aquele seu esporte particular, se esmerou numa tal pontaria sem igual.

Agora no farol movimentado duma avenida, a admirar o seu primo Virgílio, exercendo excelente papel de menestrel, ao atrapalhar o motorista em sua vida, dando uma de respeitável guarda de trânsito como se tivera tal requisito.

Virgílio tomava todas de uma vez com tamanha rapidez e sem a menor sensatez, aquilo era uma enorme estupidez.

Na encruzilhada daquela esquina, berra Marcelo ao primo, que era bem mais velho e que haveria de atender ao pentelho que o próprio nariz empina: Virgil... Joga-me essa latinha amassada aqui na calçada. Toma ai essa desgraçada, replica-lhe o primo. A amassada latinha vinha a pino de cima e atingiu o olhar do menino. Virgílio até ficou são com aquela confusão que provocou. Correu a socorrer o primo que nada de anormal esboçou, foi apenas de raspão.

Retornou cada um à sua função. Virgílio tomou mais uma e a confusão recomeçou, então seu primo começou a chutar aquela latinha que quase a sua vista furou.

Tinha de continuar sua missão avalizando-a de grande importância...

E será que não?

O feijão cria de tudo...

jbcampos
Enviado por jbcampos em 12/03/2015
Código do texto: T5167834
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