Vem aqui, rápido.

Esse ano me parece talvez um dos melhores, e ainda mal comecei a vivê-lo. To morrendo de saudade de você, e ainda nem te disse isso, não tive a oportunidade, e acho que esse tempo longe é bom de certa forma, meio dolorido, mas bom.

Engraçado, me apeguei tanto a você, o que foi isso né? Será que você também se pergunta que paixão irremediável repentina foi essa? talvez muito mais que eu, você se faz muitas perguntas. Tens pensado muito em mim? Ou como você disse me manter nessa casa sem você me deixaria com mais saudades do que você sentirá, faz sentido. Quase que não volto pra casa hoje, foi complicado vir pra cá. Assim que pisei meus pés nesse bairro senti falta de você, é meio doentio esse apego admito, não quero mais.

É claro que ainda penso nela, ela jura que eu esqueci e superei totalmente, bom pra mim? No fundo todo mundo sabe que eu amaria se ela tocasse meu interfone, me chamasse pra ver outra lua cheia nascer, se entrelaçar em meio as minhas pernas, rostos colados, sua pele macia. Ah você sabe, aquela velha dose semanal da minha droga preferida. Mas ela não vai vir, não vai tocar meu interfone, não vai me chamar, ela tá com medo, como sempre, e morrendo de vergonha. Ela não vem mais, e eu muito menos vou atrás, mas tudo que vai volta. Vai ver é bem disso que ela tem medo.

Eu ouvi tudo, mas acho que era bem isso que ela queria, que eu soubesse de tudo, senão ela não sairia falando por ai que sente a minha falta e vive tendo recaídas. Ah você jura que gostou muito de mim? talvez pense que já me amou, que pena. Eu também já cheguei a pensar isso certas vezes, mas quem se importa? Eu não, mais.

Essa tranquilidade excessiva soa absurda. Preciso de calor humano, rápido me abraça. Obrigado.

fepes
Enviado por fepes em 24/02/2015
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