Dois lados de uma moeda
Dois lados de uma moeda
infância pobre, asfalto periferia, litoral explorado turistas em barracas coloridas exibindo caríssimos óculos de Sol, nós nativos do lugar desfilando descalços pisando com os calcanhares para não queimar o pé na areia quente da praia.
Alguns fora da lei,com óculos de 10 cruzeiros comprado na clandestinidade,se sentindo feliz mesmo sem dente na boca, isso é que é felicidade?
É assim que funciona uma sociedade capitalista na América latina,
ainda não sou um escritor mas fazia parte da parte que andava descalços naquele tempo, mas já refletia, podia pensar e hoje lembrar daqueles dias melancólicos no olhar actual.
Escrevo com a humildade de quem andava descalços , mas pretendo crescer.
tenho fé que um cara sem dente, de óculos escuro não vai precisar olhar dentro de um tambor de lixo, para reclamar uma refeição.
Essa e a esperança. andar sem dente nem arriscar sua humilde visão