A ESCRAVIDÃO e o BRASIL e as COTAS e O QUE QUE EU TENHO COM ISSO?
Nos primórdios dos séculos XIII e XIV, em plena África Negra, as tribos rivais lutavam entre si e a tribo derrotada tinha como destino ou a escravidão ou a morte através, principalmente, do canibalismo.
Neste período, com a expansão marítima européia, as grandes navegações e o descobrimento de novas terras insere-se o continente africano neste contexto, não tão somente pelas exploração de terras e riquezas minerais, como também pela exploração do tráfico de mão de obras para as lavouras e mineração em outros continentes, no caso, o americano.
Nos caso específico do Brasil, os traficantes portugueses não vasculhavam a África atrás de escravos negros: simplesmente os trocavam com os SOBAS, que eram chefes de tribos, no caso de tribos vencedoras das batalhas inter-raciais. Concluímos que a escravidão já era um fenômeno existente, e que eram os próprios negros que usavam seus irmãos de cor, mas de tribo diferente, para adquirir cachaça, melado, rapadura e fumo proveniente do traficante lusitano. Para conseguir estes bens eles faziam uso de uma única mercadoria: seu irmão negro derrotado e de tribo diferente, obviamente.
Portanto, historicamente é absurdo atribuir as atrocidades inerentes ao período de escravidão no Brasil à ganância dos lusitanos e somente à deles. Os negros também tem a sua parcela de culpa, pois, os vencidos nas batalhas ou eram escravizados ou eram devorados, na maioria dos casos, pelos seus próprios irmãos de cor.