A gente não deve conter.
A gente não deve conter. Aquela vontade de olhar nos fundos dos olhos, seguida, de mãos envoltas do pescoço. A gente não deve conter. O olhar fixo para os lábios trêmulos de alguém que espera, seguido, dos nossos próprios lábios. A gente não deve conter. A sensação que é causada no cérebro quando se tem um corpo perto de outro, seguida, de puro êxtase natural. A gente não deve conter. Quando o beijo vem se esforço, sem delongas, sem piedade e sem malícia. A gente não deve conter. O que não dá pra esconder. É aquilo que a mente transparece em plena sintonia com o ambiente, impondo ao teu corpo um suor frenético. A gente não deve conter. Quando dois lábios possuem a necessidade de serem tocados.