Sem conclusão
Sabe, há coisas que vivi, das quais eu gostaria de compartilhá-las. Refleti a maneira mais próxima de transmitir as sensações que meu corpo e minha alma sentiram. Um livro seria provável? Talvez. Mas isso depende da minha capacidade de detalhar, de explorar meus sentidos, para quem ler também ter empatia com meus pensamentos conturbados, que caminhe pelo mesmo túnel de confusões, medos e incertezas que passei. Afinal, a vida é um labirinto experimental.
Quem nos garante, que as aparências correspondem à verdade? Será que nosso cérebro realmente emite a fotografia do que é real?
Não sei classificar em uma palavra apenas, tudo o que senti e passei. Mas prepare-se para mergulhar num mundo invisível. Isso envolve sentimento, psicologia e religião. Acho mesmo que o real seja a soma do abstrato. De tudo aquilo que uma palavra apenas não consegue definir o que realmente é. O que vemos apenas ofusca o que é verdadeiro. A verdade não se vê, mas apenas a sentimos na matéria.
Mas o que é verdade? A verdade é a plenitude. É necessário um corpo espiritual para conhecer a realidade, para ter os olhos que enxergam todas as coisas. Enquanto seres humanos, somos limitados. É exatamente por isso que nos indagamos em perguntas quase sem respostas, mas que nos levam à um leque de conclusões, que nem sempre sabemos qual é a mais correta. Sempre vai depender do ponto de vista. Apenas intuímos sobre o assunto, mas não temos a posse da verdade.
Volto a dizer, que vivemos para experimentarmos tudo aquilo que não nos traz segurança, tudo o que é incerto. E essa experiência permite algo glorioso: pensar.
De 2012.