O DESENVOLVIMENTO DO DISTURBIO BIPOLAR
VOCÊ FICA MUITO TEMPO NO PORÃO E DEPOIS VAI DIRETO PARA A COBERTURA COM PISCINA SEM PASSAR PELA SALA, PELA COZINHA, PELOS QUARTOS, QUE SÃO AONDE ACONTECE A ROTINA DA VIDA, A PARTE PRINCIPAL, A BASE E O EXTEIO, ONDE EM SITUAÇÃO NORMAL PASSARIAMOS 90% DA NOSSA VIDA.
Eu diria que o que me levou para fora do porão anímico, muitíssimo depois da minha adolescência, foi a felicidade que eu tive antes nesse período, e que voltei a ter, muito tempo depois e através de lutas árduas.
O porão anímico da depressão é o emparedamento final dos que vivem com fobia social extrema, ou o fundo do poço anímico, então ter um norte para de lá sair, um parâmetro de comparação, que me dizia que existia uma vida muito melhor do que a que eu estava levando, foi o que me levou incansavelmente na busca deste reencontro.
Infelizmente sei que muitos não têm este período de harmonia anterior, e então não imaginam que existe uma situação melhor, pois já nascem assim e pensam que o mundo é assim mesmo, mas de qualquer forma não se deve pensar que não exista um mundo melhor fora do sofrimento, e com isso procurar a saída destes labirintos anímicos por nós criados nas tantas vidas anteriores.
O problema da bipolaridade começa com uma fobia social que pode ser leve no início, e quem tem este problema é despreparado para enfrentar as pequenas coisas do dia a dia, e com isso não vai construindo as autodefesas que um ser humano normal vai adquirindo e que vão lhe dando maturidade e naturalidade.
Vamos ficando para trás nesse processo, sempre começando a partida já perdendo de três a zero e com nove em campo.
Este sentimento inexplicável de não estarmos seguros quando expostos no meio coletivo vai aumentando no avançar da idade adulta, pois na alma todos os sentimentos mais fortes ficam latentes até este período, mas ficar esperando a aprovação do meio sem superarmos esta nossa deficiência é um caminho que nunca terá fim.
A solução sempre estará a partir de nós e ter esta conscientização é fundamental, pois aqueles que acham que a culpa é do meio acabam criando rancores e em países como os EUA o exponencial deste sentimento já vimos no que dá, devido, principalmente, à facilidade de acesso a armas; eles agem como se fosse uma vingança ao meio que eles veem como hostil e culpado.
Mas o tratamento de exposição dá resultado quando o indivíduo quer se superar e vai sendo exposto ao risco com auxilio profissional, como quem tem medo de dirigir tem que ir aos poucos se expondo ao risco.
Quando a pessoa se anula perde com o tempo as suas forças de reação, acaba imobilizada e com isso entrou no porão e perdeu a chave, e muitas vezes acaba se tornando ríspida, irritada, pois de certa forma vê o mundo e os outros como um incomodo, ou se transforma em uma pessoa apática, silenciosa, e muitos dizem "como ele é bonzinho, mas não fala muito", e nem imaginam o turbilhão que está ali.
O silêncio e a timidez acaba provocando risinhos nas meninas que são atraídas por ele, assim como por outros nesta fase, e ele fica mais vulnerável ao bullingy, de uma forma geral, e ai vai se retraindo para se proteger até chegar ao imobilismo.
Na natureza tem a lei do movimento e quando você sai dessa sincronia voltar à vibração, ao movimento social que tem em volta de si se torna muito difícil.
Deve parecer difícil para muitos entenderem isso, mas lembre-se que a cobra cega ficou cega de tanto viver no escuro, a galinha de tanto ciscar no chão perdeu a capacidade de voar, muitos peixes não conseguem mais vir à tona e só vivem no fundo dos mares, pois já não tem as forças para superarem as correntes marinhas.
Então quem se meteu neste porão voltar ao convívio social normal exige muito esforço até que volte a conviver normalmente sem parecer ser estranho e isto demanda muito tempo e vontade.
É como um avião que é abastecido no ar, ambos tem que manter a mesma velocidade para ser abastecido e continuar o voo e, no caso social, o indivíduo tem que voltar a ter o mesmo ritmo vibrante do meio à sua volta, enquanto o mundo segue à sua revelia.
Mas não adianta choros nem velas, não tem outro caminho, e os meios que você vai usar para voltar a viver na tona da água, não importa, todos são válidos desde que não prejudiquem terceiros, que aumentariam o sentimento de culpa e de autopunição, e nem de usar muletas como droga ou bebidas que ai é que não sai mais mesmo, pois entre os viciados o que vale é o objetivo comum que pode ser a bebida, o jogo, a droga, pois como o indivíduo pensa ou é, nestes meios, se torna irrelevante.
No início da luta penosa de retorno social eu ia a um bar perto de casa, onde apesar de viver anos ali não conhecia ninguém, e ficava olhando os jogos como se interessado estivesse, frisando que qualquer resquício de autoestima não existia a muito tempo, e ficava por ali morrendo de medo que rissem de mim pelo meu silêncio, mas não me permitia ir embora mesmo quando isso acontecesse, disfarçava como se não fosse comigo, tinha que aguentar, e depois alguém começou a falar comigo e assim foi até me enturmar e ir aprendendo o traquejo, não digo perdendo o medo, este continuava sempre ali.
Mas com o tempo e ponha tempo nisso, o meu irmão acabou comprando o bar e eu tocava para ele, comecei a ganhar alguns trocados ali, além de outros bicos que eu já tinha conseguido, pois trabalhar em ambiente fechado era impensável, e fiz vestibular para Geografia para não ser preso por vadiagem, coisa que acontecia naquela época da ditadura, e quase me formei, apesar de ser um aluno relapso, antes já tinha feito Filosofia, mas a finalidade era só socialização, e virei amigo dos professores, pois já aera veterano e fui levando
Hoje tudo ficou mais fácil com a técnica cognitiva, e até com remédios e diagnósticos mais eficazes, muito úteis em quase todos os transtornos, mas ainda aquém do necessário, como mostra a morte de Robin Williams.
Esta técnica libertou os pacientes das garras de terapias intermináveis e sem maiores eficácia, pois para este transtorno, sem remédios, o tratamento é de pouca valia, mas o importante é achar a saída deste labirinto anímico, não importa como, pois nem todas as explicações para o que nos acontece nesta vida, estão nesta vida; para mim, ter ciência disso foi fundamental para eu não sucumbir, e o que me trouxe este esclarecimento foi Abdruschin, escritor alemão, em sua Mensagem do Graal "Na Luz da Verdade", que eu sempre cito, e peço desculpas, não é propaganda, mas foi realmente o esteio para a minha sobrevivência por décadas.
Não devemos esquecer que um sofrimento de tamanha monta seria extremamente injusto sem uma visão mais ampla e os meus irmãos não tinham este problema, e enquanto alguns sofrem estertores de dor outros passam pela vida de forma bem tranquila e nas leis da natureza tudo é harmonioso e a luta pela vida é uma constante e para nós, seres humanos, não seria diferente, e ai está outro grande ensinamento de Jesus e também nunca bem interpretado quando ele disse "O que o homem semeia isto ele colherá", pois Jesus não teve tempo de continuar com os seus ensinamentos, devido à morte prematura, que ainda dizem que foi pelos nossos pecados, e acabaria chegando nas reencarnações (não sou espirita).
Todo mundo repete esta frase e não veem que está nela a explicação de tantas disparidades nesta Terra, onde temos países como Noruega e Suécia, com enorme padrão de vida, mas com um número alto de suicídios, e de outro, regiões como a Somália e outros países, mesmo a Faixa de Gaza, com sofrimentos de origem as mais variadas, tudo tem que ser causa e efeito.
O Criador de tudo, neste caso, jogaria dados, parafraseando Einstein, pois seria como dissesse esse vai morrer de tanto sofrer e este do nada vai viver no melhor dos mundos cheio de facilidades; é ridículo considerar a possibilidade de tanta injustiça na atuação divina, que só pode ser perfeita com a gente também, assim como é em toda a natureza.
Pensar que Isto acontece é o mal que as religiões causaram ao achar que Ele está pessoalmente regendo a vida de cada um pessoalmente, andando de braço dado com a gente, atendendo os pedidos de um, enquanto condena outros a horrendos sofrimentos, mas Ele está realmente presente, mas na atuação das suas leis automáticas explicadas tão bem por Abdruschin, e é nesta lei incorruptível que Deus nos dá a possibilidade do perdão dos tais pecados, que na realidade são só formas erradas de atuar, e por isso este perdão depende da nossa readequação nestas leis de forma a termos melhores retornos e assim melhorarmos a nossa visão sobre tudo, não tem outro caminho e nem outra forma e este melhor ver era a nossa única obrigação, mas dá para ver no que deu.
O ser humano devia se imaginar vendo do espaço a nossa Terra, onde iguais a formigas amontoadas cada vez mais, vivemos nos digladiando neste terreiro, achando que o deus de um é melhor que o de outro; é muita megalomania da ridícula criatura perdida neste espaço cósmico.
Existem leis que regem todo o Universo e não estamos apartados desse processo. Deus está ao nosso alcance, mas não da forma que estas religiões pregam.
Eu sou uma testemunha do livre arbítrio, em face do que vivi no início da minha vida adulta e dos sofrimentos que tive até ter o diagnóstico de bipolaridade com a evolução da medicina, e com o advento da internet vi que não estava sozinho neste mundo com aqueles problemas todos de viver a mil, pois muito tempo depois daquele primeiro período vdesenvolvi o outro extremo da bipolaridade, que é mais maluco ainda, pois ficamos ligados sempre, tentando controlar tudo o que acontece à nossa volta, ainda tentando compensar o nosso despreparo.
Nos tornamos articulados e até nos tornamos exponenciais em algumas áreas, ou destacados do meio em que atuamos, mas tudo para termos sobrevivência, mas um dia voltaremos à depressão, é inevitável, pois você não consegue viver neste ritmo acelerado eternamente.
Ninguém imagina os sofrimentos horrendos que existem no mundo psíquico e acham que os sofrimentos físicos sejam maiores, pois são visíveis, mas não são, os psíquicos são muito mais impactantes por isso mesmo; nos físicos como câncer terminal doses de morfina suavizam bastante, mas no psíquico até se acertar o remédio certo podem levar muitos anos e nem sempre são conseguidos, e são para toda a vida, enquanto nos físicos tem-se noção de quando será o fim.
Nos físicos existem a vontade de viver, nos psíquicos não temos tempo de nos preocuparmos com isso e sim vivemos dia após dia esperando que o pior acabe passando.
E já ai a psiquiatria tradicional nunca chegaria, mas a praticidade de tratar o problema a partir do problema tem muito mais resultado.
Tem fobia social, tem que ir para o meio social, tem dificuldade de relacionamento com o sexo oposto, não pode fugir dele, tem que ir de encontro. Não tem ânimo na vida tem de ir atrás deste ânimo. Lembro de quando um psiquiatra, que era muito bom e me ganhou, quando eu já com uns quarenta anos e voltado à depressão, me dizia que todo dia eu tinha que ter uma atividade, então disse para eu ir a aulas de dança de salão, entre outras atividades.
E fui, mas com uma extrema vergonha de estar num lugar, para mim, tão careta, então ficava ali me encostando pelas paredes para que ninguém me visse, mas como sempre tive minhas ajudas, e fui "adotado" por exuberante aluna e acabei me enturmando e sendo levado para bailões nos finais de semana, onde antes ia sozinho, e tudo valeu no final. Ir perdendo estas vergonhas sociais também é muito importante.
Quando o indivíduo ainda está iniciando a luta pode virar um andarilho, eu virei, pois se fica parado todos vão notá-lo e tentar algum contato, e se fica em casa, a situação fica ainda pior, pois se sente estranho na família também, então manter-se em movimento muitas vezes é o caminho tomado e quando via um conhecido atravessava a rua.
Muitos pais sem o saber (hoje nem tanto) ajudam a criar hostilidades dentro de casa, pois muitas vezes, aquele acuado é elogiado na frente dos outros irmãos e ele passa a não ter o afeto que tanto quer dos irmãos e vai se retraindo também em casa.
O retraimento normalmente é vísivel também em casa.
Como diz a filosofia chinesa: "Achar o caminho do meio", a coisa mais difícil para os bipolares.
"O ser humano somente não deve deixar-se dominar pelo desejo sexual, tornando-se escravo dos seus instintos, caso contrário ele os transforma em paixão e com isso o que é natural, sadio, torna-se vicio doentio." Mensagem do Graal "Na Luz da Verdade" - www.graal.org.br
VOCÊ FICA MUITO TEMPO NO PORÃO E DEPOIS VAI DIRETO PARA A COBERTURA COM PISCINA SEM PASSAR PELA SALA, PELA COZINHA, PELOS QUARTOS, QUE SÃO AONDE ACONTECE A ROTINA DA VIDA, A PARTE PRINCIPAL, A BASE E O EXTEIO, ONDE EM SITUAÇÃO NORMAL PASSARIAMOS 90% DA NOSSA VIDA.
Eu diria que o que me levou para fora do porão anímico, muitíssimo depois da minha adolescência, foi a felicidade que eu tive antes nesse período, e que voltei a ter, muito tempo depois e através de lutas árduas.
O porão anímico da depressão é o emparedamento final dos que vivem com fobia social extrema, ou o fundo do poço anímico, então ter um norte para de lá sair, um parâmetro de comparação, que me dizia que existia uma vida muito melhor do que a que eu estava levando, foi o que me levou incansavelmente na busca deste reencontro.
Infelizmente sei que muitos não têm este período de harmonia anterior, e então não imaginam que existe uma situação melhor, pois já nascem assim e pensam que o mundo é assim mesmo, mas de qualquer forma não se deve pensar que não exista um mundo melhor fora do sofrimento, e com isso procurar a saída destes labirintos anímicos por nós criados nas tantas vidas anteriores.
O problema da bipolaridade começa com uma fobia social que pode ser leve no início, e quem tem este problema é despreparado para enfrentar as pequenas coisas do dia a dia, e com isso não vai construindo as autodefesas que um ser humano normal vai adquirindo e que vão lhe dando maturidade e naturalidade.
Vamos ficando para trás nesse processo, sempre começando a partida já perdendo de três a zero e com nove em campo.
Este sentimento inexplicável de não estarmos seguros quando expostos no meio coletivo vai aumentando no avançar da idade adulta, pois na alma todos os sentimentos mais fortes ficam latentes até este período, mas ficar esperando a aprovação do meio sem superarmos esta nossa deficiência é um caminho que nunca terá fim.
A solução sempre estará a partir de nós e ter esta conscientização é fundamental, pois aqueles que acham que a culpa é do meio acabam criando rancores e em países como os EUA o exponencial deste sentimento já vimos no que dá, devido, principalmente, à facilidade de acesso a armas; eles agem como se fosse uma vingança ao meio que eles veem como hostil e culpado.
Mas o tratamento de exposição dá resultado quando o indivíduo quer se superar e vai sendo exposto ao risco com auxilio profissional, como quem tem medo de dirigir tem que ir aos poucos se expondo ao risco.
Quando a pessoa se anula perde com o tempo as suas forças de reação, acaba imobilizada e com isso entrou no porão e perdeu a chave, e muitas vezes acaba se tornando ríspida, irritada, pois de certa forma vê o mundo e os outros como um incomodo, ou se transforma em uma pessoa apática, silenciosa, e muitos dizem "como ele é bonzinho, mas não fala muito", e nem imaginam o turbilhão que está ali.
O silêncio e a timidez acaba provocando risinhos nas meninas que são atraídas por ele, assim como por outros nesta fase, e ele fica mais vulnerável ao bullingy, de uma forma geral, e ai vai se retraindo para se proteger até chegar ao imobilismo.
Na natureza tem a lei do movimento e quando você sai dessa sincronia voltar à vibração, ao movimento social que tem em volta de si se torna muito difícil.
Deve parecer difícil para muitos entenderem isso, mas lembre-se que a cobra cega ficou cega de tanto viver no escuro, a galinha de tanto ciscar no chão perdeu a capacidade de voar, muitos peixes não conseguem mais vir à tona e só vivem no fundo dos mares, pois já não tem as forças para superarem as correntes marinhas.
Então quem se meteu neste porão voltar ao convívio social normal exige muito esforço até que volte a conviver normalmente sem parecer ser estranho e isto demanda muito tempo e vontade.
É como um avião que é abastecido no ar, ambos tem que manter a mesma velocidade para ser abastecido e continuar o voo e, no caso social, o indivíduo tem que voltar a ter o mesmo ritmo vibrante do meio à sua volta, enquanto o mundo segue à sua revelia.
Mas não adianta choros nem velas, não tem outro caminho, e os meios que você vai usar para voltar a viver na tona da água, não importa, todos são válidos desde que não prejudiquem terceiros, que aumentariam o sentimento de culpa e de autopunição, e nem de usar muletas como droga ou bebidas que ai é que não sai mais mesmo, pois entre os viciados o que vale é o objetivo comum que pode ser a bebida, o jogo, a droga, pois como o indivíduo pensa ou é, nestes meios, se torna irrelevante.
No início da luta penosa de retorno social eu ia a um bar perto de casa, onde apesar de viver anos ali não conhecia ninguém, e ficava olhando os jogos como se interessado estivesse, frisando que qualquer resquício de autoestima não existia a muito tempo, e ficava por ali morrendo de medo que rissem de mim pelo meu silêncio, mas não me permitia ir embora mesmo quando isso acontecesse, disfarçava como se não fosse comigo, tinha que aguentar, e depois alguém começou a falar comigo e assim foi até me enturmar e ir aprendendo o traquejo, não digo perdendo o medo, este continuava sempre ali.
Mas com o tempo e ponha tempo nisso, o meu irmão acabou comprando o bar e eu tocava para ele, comecei a ganhar alguns trocados ali, além de outros bicos que eu já tinha conseguido, pois trabalhar em ambiente fechado era impensável, e fiz vestibular para Geografia para não ser preso por vadiagem, coisa que acontecia naquela época da ditadura, e quase me formei, apesar de ser um aluno relapso, antes já tinha feito Filosofia, mas a finalidade era só socialização, e virei amigo dos professores, pois já aera veterano e fui levando
Hoje tudo ficou mais fácil com a técnica cognitiva, e até com remédios e diagnósticos mais eficazes, muito úteis em quase todos os transtornos, mas ainda aquém do necessário, como mostra a morte de Robin Williams.
Esta técnica libertou os pacientes das garras de terapias intermináveis e sem maiores eficácia, pois para este transtorno, sem remédios, o tratamento é de pouca valia, mas o importante é achar a saída deste labirinto anímico, não importa como, pois nem todas as explicações para o que nos acontece nesta vida, estão nesta vida; para mim, ter ciência disso foi fundamental para eu não sucumbir, e o que me trouxe este esclarecimento foi Abdruschin, escritor alemão, em sua Mensagem do Graal "Na Luz da Verdade", que eu sempre cito, e peço desculpas, não é propaganda, mas foi realmente o esteio para a minha sobrevivência por décadas.
Não devemos esquecer que um sofrimento de tamanha monta seria extremamente injusto sem uma visão mais ampla e os meus irmãos não tinham este problema, e enquanto alguns sofrem estertores de dor outros passam pela vida de forma bem tranquila e nas leis da natureza tudo é harmonioso e a luta pela vida é uma constante e para nós, seres humanos, não seria diferente, e ai está outro grande ensinamento de Jesus e também nunca bem interpretado quando ele disse "O que o homem semeia isto ele colherá", pois Jesus não teve tempo de continuar com os seus ensinamentos, devido à morte prematura, que ainda dizem que foi pelos nossos pecados, e acabaria chegando nas reencarnações (não sou espirita).
Todo mundo repete esta frase e não veem que está nela a explicação de tantas disparidades nesta Terra, onde temos países como Noruega e Suécia, com enorme padrão de vida, mas com um número alto de suicídios, e de outro, regiões como a Somália e outros países, mesmo a Faixa de Gaza, com sofrimentos de origem as mais variadas, tudo tem que ser causa e efeito.
O Criador de tudo, neste caso, jogaria dados, parafraseando Einstein, pois seria como dissesse esse vai morrer de tanto sofrer e este do nada vai viver no melhor dos mundos cheio de facilidades; é ridículo considerar a possibilidade de tanta injustiça na atuação divina, que só pode ser perfeita com a gente também, assim como é em toda a natureza.
Pensar que Isto acontece é o mal que as religiões causaram ao achar que Ele está pessoalmente regendo a vida de cada um pessoalmente, andando de braço dado com a gente, atendendo os pedidos de um, enquanto condena outros a horrendos sofrimentos, mas Ele está realmente presente, mas na atuação das suas leis automáticas explicadas tão bem por Abdruschin, e é nesta lei incorruptível que Deus nos dá a possibilidade do perdão dos tais pecados, que na realidade são só formas erradas de atuar, e por isso este perdão depende da nossa readequação nestas leis de forma a termos melhores retornos e assim melhorarmos a nossa visão sobre tudo, não tem outro caminho e nem outra forma e este melhor ver era a nossa única obrigação, mas dá para ver no que deu.
O ser humano devia se imaginar vendo do espaço a nossa Terra, onde iguais a formigas amontoadas cada vez mais, vivemos nos digladiando neste terreiro, achando que o deus de um é melhor que o de outro; é muita megalomania da ridícula criatura perdida neste espaço cósmico.
Existem leis que regem todo o Universo e não estamos apartados desse processo. Deus está ao nosso alcance, mas não da forma que estas religiões pregam.
Eu sou uma testemunha do livre arbítrio, em face do que vivi no início da minha vida adulta e dos sofrimentos que tive até ter o diagnóstico de bipolaridade com a evolução da medicina, e com o advento da internet vi que não estava sozinho neste mundo com aqueles problemas todos de viver a mil, pois muito tempo depois daquele primeiro período vdesenvolvi o outro extremo da bipolaridade, que é mais maluco ainda, pois ficamos ligados sempre, tentando controlar tudo o que acontece à nossa volta, ainda tentando compensar o nosso despreparo.
Nos tornamos articulados e até nos tornamos exponenciais em algumas áreas, ou destacados do meio em que atuamos, mas tudo para termos sobrevivência, mas um dia voltaremos à depressão, é inevitável, pois você não consegue viver neste ritmo acelerado eternamente.
Ninguém imagina os sofrimentos horrendos que existem no mundo psíquico e acham que os sofrimentos físicos sejam maiores, pois são visíveis, mas não são, os psíquicos são muito mais impactantes por isso mesmo; nos físicos como câncer terminal doses de morfina suavizam bastante, mas no psíquico até se acertar o remédio certo podem levar muitos anos e nem sempre são conseguidos, e são para toda a vida, enquanto nos físicos tem-se noção de quando será o fim.
Nos físicos existem a vontade de viver, nos psíquicos não temos tempo de nos preocuparmos com isso e sim vivemos dia após dia esperando que o pior acabe passando.
E já ai a psiquiatria tradicional nunca chegaria, mas a praticidade de tratar o problema a partir do problema tem muito mais resultado.
Tem fobia social, tem que ir para o meio social, tem dificuldade de relacionamento com o sexo oposto, não pode fugir dele, tem que ir de encontro. Não tem ânimo na vida tem de ir atrás deste ânimo. Lembro de quando um psiquiatra, que era muito bom e me ganhou, quando eu já com uns quarenta anos e voltado à depressão, me dizia que todo dia eu tinha que ter uma atividade, então disse para eu ir a aulas de dança de salão, entre outras atividades.
E fui, mas com uma extrema vergonha de estar num lugar, para mim, tão careta, então ficava ali me encostando pelas paredes para que ninguém me visse, mas como sempre tive minhas ajudas, e fui "adotado" por exuberante aluna e acabei me enturmando e sendo levado para bailões nos finais de semana, onde antes ia sozinho, e tudo valeu no final. Ir perdendo estas vergonhas sociais também é muito importante.
Quando o indivíduo ainda está iniciando a luta pode virar um andarilho, eu virei, pois se fica parado todos vão notá-lo e tentar algum contato, e se fica em casa, a situação fica ainda pior, pois se sente estranho na família também, então manter-se em movimento muitas vezes é o caminho tomado e quando via um conhecido atravessava a rua.
Muitos pais sem o saber (hoje nem tanto) ajudam a criar hostilidades dentro de casa, pois muitas vezes, aquele acuado é elogiado na frente dos outros irmãos e ele passa a não ter o afeto que tanto quer dos irmãos e vai se retraindo também em casa.
O retraimento normalmente é vísivel também em casa.
Como diz a filosofia chinesa: "Achar o caminho do meio", a coisa mais difícil para os bipolares.
"O ser humano somente não deve deixar-se dominar pelo desejo sexual, tornando-se escravo dos seus instintos, caso contrário ele os transforma em paixão e com isso o que é natural, sadio, torna-se vicio doentio." Mensagem do Graal "Na Luz da Verdade" - www.graal.org.br