depois do sonho...
um olhar mais atômico...
menos um talvez atônito ...
livre para contar os pedaços de gelo...
que está ultima tempestade deixou...
o que fazer, tudo parece quando é inverno...
congelar é incrível
não sentir esse tempo passar...
um dia se lamentará e não por eu...
talvez quem tenha perdido uma chance
não fui eu...
sim, sentir que uma morgada da vida
ainda pareça como um igual dos dias...
mas o sentimento não é esse...
não de ficar parado esperando...
o tempo que enfim parece querer
contar...
enquanto o gelo toma conta das avenidas...
as ruas se perdem em emaranhados...
mas as sinapses estão acarretadas...
em sonhos desmiolados...
e o que fazer, tudo parece quando é inverno...
congelar é incrível
não sentir esse tempo passar...
um dia se lamentará e não por eu...
talvez quem tenha perdido uma chance
não fui eu...