Sua adaga, meu céu de entrelinhas..
Quando a adaga encontra a bainha dos desejos e delírios, lírios que dançam no prazer sem medida, flecha que atingiu o alvo, minha pele em brasa.
Tal qual vendaval preenchendo as noites de fantasias que arrepiam, suspiros de cotovia na copa da árvore mais alta aconchegada na mais luxuriosa selva do globo terrestre, até mesmo, talvez, de outros mundos.
Vem afiada lâmina explorando recantos tão misteriosos quanto a criação do universo, vem deslizando nos dois lados da moeda, na sedução crua que criou-se na concepção de quando Adão e Eva abriram os olhos e perceberam-se nus, mas, diferente do que foi-nos ensinado, admiraram-se ao vislumbrar tanta formosura e singularidade, além dos segredos capazes de serem compartilhados.