UM SEGUNDO ANTES DE PARTIR
A primeira vez era como se fosse céu vestido de um clarão como se fosse dia, mas antes que tudo se fizesse real despir meu corpo e me fiz poesia da minha própria vida.
Não tinha nada para dizer, apenas repetir o que foi dito então olhei em volta e percebi que a única certeza era de que ainda respiro.
Sentido que restava um fio de ar em meu peito desolado chorei, porque da vida nada se leva, mas o que se deixa se esvai com o passar do tempo.
E assim neste tumultuar da minha alma que já não era tão minha, fui desfalecendo-me e deixando meu corpo cansado que cumpriu assim minha trajetória de vida.