UM SEGUNDO ANTES DE PARTIR

A primeira vez era como se fosse céu vestido de um clarão como se fosse dia, mas antes que tudo se fizesse real despir meu corpo e me fiz poesia da minha própria vida.

Não tinha nada para dizer, apenas repetir o que foi dito então olhei em volta e percebi que a única certeza era de que ainda respiro.

Sentido que restava um fio de ar em meu peito desolado chorei, porque da vida nada se leva, mas o que se deixa se esvai com o passar do tempo.

E assim neste tumultuar da minha alma que já não era tão minha, fui desfalecendo-me e deixando meu corpo cansado que cumpriu assim minha trajetória de vida.

Laura Ry
Enviado por Laura Ry em 13/05/2014
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