DO APEGO A FELICIDADE

Há um revolver engatilhado!

Mirando o peito meu,

Esse que já foi alvejado

Tantas e tantas vezes...

E me perguntam: - Qual o medo?

Se já fostes brutalmente confrontado.

Acontece que é fácil se acostumar

com as calmarias dos intervalos.

Difícil é suportar as agressões ininterruptas.

Odeio vitimismo, porém, ela pega pesado.

A vida bate forte, embora cada dor pareça,

se não, minimas, aos olhos alheios.

Entre luas de mel e finais dramáticos.

Ela prossegue, nasce aqui, morre ali.

Toda hora há um começo se iniciando

sincronizando com determinado final.

Darwin, tinha razão,” não é o mais forte,

e sim o que melhor se adapta.” Maldito!

Até os ratos tem mais facilidade nisso.

Desesperado, eu me agarro a felicidade.

A qualquer que seja a sua embalagem.

Toda subtração disso é a mim nociva.

Gabriel Davila
Enviado por Gabriel Davila em 08/04/2014
Código do texto: T4761485
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