DO APEGO A FELICIDADE
Há um revolver engatilhado!
Mirando o peito meu,
Esse que já foi alvejado
Tantas e tantas vezes...
E me perguntam: - Qual o medo?
Se já fostes brutalmente confrontado.
Acontece que é fácil se acostumar
com as calmarias dos intervalos.
Difícil é suportar as agressões ininterruptas.
Odeio vitimismo, porém, ela pega pesado.
A vida bate forte, embora cada dor pareça,
se não, minimas, aos olhos alheios.
Entre luas de mel e finais dramáticos.
Ela prossegue, nasce aqui, morre ali.
Toda hora há um começo se iniciando
sincronizando com determinado final.
Darwin, tinha razão,” não é o mais forte,
e sim o que melhor se adapta.” Maldito!
Até os ratos tem mais facilidade nisso.
Desesperado, eu me agarro a felicidade.
A qualquer que seja a sua embalagem.
Toda subtração disso é a mim nociva.