A arte de morrer

Morrer é quase uma arte.
Morre-se um pouco a cada visita de fantasmas.
Cenas e vivências que já não existem mais.
Assombrações psicológicas, lembranças exigentes que minguam a alegria e extraem a vida.
Morre-se também, a cada vez que se paga novamente pelo mesmo erro.
Morre-se em todos instantes de agressão, de descrença, de dúvida e de avaliação.
Sonhos que se vão por pura tolice, mas vão.
Às vezes, a mente diz que sim, o coração diz que não ou o inverso, tanto faz.
Eu olho através das mesmas janelas de todos os tempos.
Na paisagem nada mudou.
Meus olhos nem tanto.
A arte da morte em vida é apenas opção.
Edeni Mendes da Rocha
Enviado por Edeni Mendes da Rocha em 11/03/2014
Reeditado em 11/03/2014
Código do texto: T4724489
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.