A arte de morrer
Morrer é quase uma arte.
Morre-se um pouco a cada visita de fantasmas.
Cenas e vivências que já não existem mais.
Assombrações psicológicas, lembranças exigentes que minguam a alegria e extraem a vida.
Morre-se também, a cada vez que se paga novamente pelo mesmo erro.
Morre-se em todos instantes de agressão, de descrença, de dúvida e de avaliação.
Sonhos que se vão por pura tolice, mas vão.
Às vezes, a mente diz que sim, o coração diz que não ou o inverso, tanto faz.
Eu olho através das mesmas janelas de todos os tempos.
Na paisagem nada mudou.
Meus olhos nem tanto.
A arte da morte em vida é apenas opção.