A maçã esquecida,
Da solidão de um broto que surge de um caule fecundo, uma flor se transforma em uma fruta, que desde sempre carrega consigo o esteriótipo de pecado... do amor... do carinho... do alimento?
Numa colheita coletiva ela se mistura com tantas outras, num frenesi, só a ela reservado, numa mistura de aromas, num emaranhado de toques, numa mistura de carinho e afeição...
Em grupos ou na sua individualidade, chega até seu consumidor, ou às mãos daquele(a) que irá saboreá-la...
Ao longo da vida desta fruta, quanta energia, quanto carinho, quanto querer, quanto sabor, quanto poder, quanto desejo ela vem provocando.
O carinho se vai, a energia sessa, o poder não interessa mais, o sabor se esvai e o desejo desaparece, quando a maçã, por algum motivo ou descuido é esquecida, na fruteira, na geladeira ou na vida...
Esquecida...