Cá estou.
Respiro fundo e vou, coloco a cara a tapa e sigo sabendo dos riscos de ser. Afinal o que tem em ser? O que somos além de ser? Sou e é isso? Basta? Vivo por ser ou sou por viver? Lá se vão mais uma duzia de perguntas ao invés de respostas.
Cá estou, com os peito aberto e a guarda baixa, entregue a esse furacão que sou. Mas afinal, o que sou?
Tudo nessa vida é um paradigma para mim. Crio teorias quase todos os dias mas nenhuma das minhas teorias passam disso. Não encontro respostas, apenas teorias.
Se tem algo de bom em minhas teorias é que acalmam esse meu eu. Que é nada além de um poço fundo cheio de perguntas.
Nesses dias me questionaram sobre o maior de meus enigmas. Qual é o sentido da vida? Decidi que era descobrir o sentido da vida e acalmou meu eu por alguns instantes e cá estou, insatisfeito por não conseguir ter nenhuma teoria.
Muitas de minhas teorias funcionam e alimentam essa sede que sinto pelo saber, mas cá estou, fazendo mais perguntas e aumentando o fundo desse poço que me encontro.
Ando muito pensativo, leio meus últimos textos e vejo que não há respostas, apenas mais questões.
Mas voltando ao inicio. O que é ser? Ou melhor, o que sou?