Vendo a vida por outro ângulo

O que eu vi... ninguém viu! Como alguém pode pensar que não sou especial, se toda minha vida é vista sobre um ângulo obtuso. Quem pode me deter? Sentir as emoções que eu senti, no mesmo exato momento, com as mesmas propriedades? Quem vai julgar o beijo que roubei ou o choro escondido no meu quintal? Não sabem que era o meu amor adolescente e meu choro um reflexo da minha insegurança!? Estranho, como posso dizer que todas as pessoas do mundo todo não são especiais? Todas são... ainda que por de trás dos seus medos, suas roupas, escondidas nos pântanos profundos das suas dúvidas e sofrimentos...Ou nos holofotes da fama, na tranquilidade de suas tribos, na força de suas crenças. Ainda que insossa, toda forma de vida está mostrando pro mundo o quanto é especial. Ainda que não escrevam em livros, postem fotos, sejam famosas. O riso, o choro, a penumbra, a alegria e a angústia nem sempre podem ser descritas por palavras. todas as pessoas possuem uma infinidades de aventuras em seus corações. Ainda que sonhos ridículos perpassem em seus pensamentos...Vontade de fugir para algum local sobrecomum no meio do expediente de trabalho.. Trabalho, trabalhar sempre... O corpo precisa, a alma produz algo diferente. Como julgar os poetas, eu sou diferente! nem poeta, nem artista porque ninguém precisa compreender minha incompreensão. E mesmo sem muita poesia, alguns de nós percebem a vida, doam seu tempo, assistem horrores do tempo em que vivem, da sorte que têm. Não vou julgar, quem sou eu? Não sei absolutamente nada sobre o que outros olhos viram... Mas o que eu vi, exatamente como vi, no ângulo feito de propósito por Deus teve um sentido totalmente especial. Não, não registrei nos livros, mas ninguém, ninguém mesmo, sabe de verdade o que eu vivenciei e vi!