O que faz uma obra clássica

Ao se ler obras literárias como Castro Alves, Carlos Drummond de Andrade entre outros, logo relacionamos, tais obras ao chamado livro clássico, muito vigorado pelo poder simbólico instituído nas relações de poder, principalmente no âmbito social. Quando um leitor se debruça nas poesias de Castro Alves, autor da terceira geração do romantismo sente-se contemplado pelo teor artístico e social de grande relevância apresentada, mas se é destituído ou não é mencionado outros autores como Lima Barreto, principalmente a sua obra mais conhecida “O Triste Fim de Policarpo Quaresma” percebe-se como tal atitude legitima uma ideia burguesa do poder e do status. Na época em que o livro foi lançado, no auge da desigualdade social, eleger um livro de um autor negro, ainda considerado com sanidade mental era impensável. É notável o quão pouco é lembrado, ratificando a presença do poder simbólico na sociedade. Em suma na sociedade onde as relações de poder abrange em vários âmbitos sociais, inclusive intitular o que uma obra ser clássica.