Quem são so donos dos sonhos?


A magia do sonho está na crença de que se pode tudo.
Mudar o mundo, conhecer pessoas, ser artista, viver um grande amor...
No sonho reside a persistência para que o desejo, por mais longínquo ou absurdo que pareça, se torne realidade.
O sonho, portanto, é uma fantasia, que, uma vez alimentada com fé e paciência pode se tornar total ou parcialmente concreta.
Mas quem sonha, não pode se enganar.
Sonhos são solitários. Frutos apenas de quem os tem.
Não há garantia de retribuição e nem de compreensão.
Quem sonha, não deve se iludir. Os seus delírios oníricos, são apenas seus, de mais ninguém!
E nem adianta espernear pintando os sonhos de uma vida como algo perfeito como se este argumento tivesse algum peso.
Não tem!
A perfeição está nos olhos de quem vê e no caso, nos olhos de “quem sonha”.
Portanto, sonhos também são revestidos de egoísmo, de solidão e em determinados momentos, são mensageiros de dor.
Quando acabam ou não se realizam deixam o rastro da decepção.
Isto porque há uma tendência natural de se sonhar em “conjunto”, em “dupla”, em “família”.
Como se o mundo tivesse obrigação de, não só entender, como compartilhar e viver o sonho de quem sonha.
Pura tolice.
Mas cá entre nós, sonhadores não são seres muito realistas. São seres deslumbrados, que acreditam em magia, perdão, possibilidades, futuro, dedicação, cumplicidade. Enfim, todas estas características de quem vive no “mundo da lua” e acha que a morte começa quando se deixa sonhar.
É possível.
Tanto é, que o sonhador, uma vez abatido pela extinção de um sonho, logo se fortalece e parte para o próximo.
Uma ciranda de altos e baixos que faz com que a vida não perca a cor. Pode perder, no máximo, oportunidades, situações, vivências que imediatamente são substituídas por outras, criadas pelos novos sonhos que o sonhador insiste em cultivar.
Uma benção.
Uma dádiva.
Eu sou uma observadora de sonhadores e admito, com certa cautela, que também sou uma sonhadora incorrigível.
Porém, tenho aprendido um pouco mais todos os dias.
Enquanto conseguir manter meus próprios sonhos em velhos baús de madeira de bosques oníricos, eles não incomodam ninguém e não podem exigir que sejam realizados.
No fim, a única capaz de fazer um sonho dar certo ou não sou eu mesma.
E cá, entre nós, isto é libertador...
Edeni Mendes da Rocha
Enviado por Edeni Mendes da Rocha em 16/12/2013
Reeditado em 16/12/2013
Código do texto: T4613947
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