Quase tudo
Quase tudo é motivo para se escrever
Colocar o sentimento no papel
Quase transparente
Numa nuvem de sentimento
Selecionando momentos
Nos entretenimentos da vida.
Quase tudo nesta vida
Consegui com garra
Nas garras das desigualdades
Sentindo na pele
A vaidade do poder
Que Enoja o pequeno ser.
Quase todos os dias
Quase todas as manhãs
Percebo nas entrelinhas
Que a certeza da desigualdade
Brota em cada canto
No canto de cada olhar.
Por isso quase tudo
E, não, tudo
Por mais que precise
Colocar no papel
A dor do esmoleu
Triste, acabo desobediente.