Amigo ingrato
Triste esta solidão que te devora.
De amigo a amigo, no desespero de preencher teu peito de vento
Desalento que o tempo impera.
Nessa angustia te limitas a pular de colo em colo
Chamando a todos de pai e de mãe e se descobrindo órfão
de tempos em tempo.
Se ao menos soubesses que esse mal que te consome e te aconselha
Te faz pequeno mais ainda.
Sozinho choras no teu leito frio.
Se ignoras a lei do amor incondicional
Serás para sempre condenado à solidão.
Vendes a tua beleza em troca de migalhas de pão e água
Na triste tentativa de saciar tua cede de maternidade
Enganando-te quando buscas amor fraternal
E o que te falta é amor próprio.
Caminhas neste deserto de colo em colo
Ludibriando a solidão chorando de irmão em irmão
Soluçando orgulho e solidão.
Pobre menino, castelo vazio e sem sentido erguido
Sem promessas de felicidade.
Haverás de entender que amigo de verdade
Te ama com lealdade.
Deus te abençoe e te de algum sentimento...