Amigo ingrato

Triste esta solidão que te devora.

De amigo a amigo, no desespero de preencher teu peito de vento

Desalento que o tempo impera.

Nessa angustia te limitas a pular de colo em colo

Chamando a todos de pai e de mãe e se descobrindo órfão

de tempos em tempo.

Se ao menos soubesses que esse mal que te consome e te aconselha

Te faz pequeno mais ainda.

Sozinho choras no teu leito frio.

Se ignoras a lei do amor incondicional

Serás para sempre condenado à solidão.

Vendes a tua beleza em troca de migalhas de pão e água

Na triste tentativa de saciar tua cede de maternidade

Enganando-te quando buscas amor fraternal

E o que te falta é amor próprio.

Caminhas neste deserto de colo em colo

Ludibriando a solidão chorando de irmão em irmão

Soluçando orgulho e solidão.

Pobre menino, castelo vazio e sem sentido erguido

Sem promessas de felicidade.

Haverás de entender que amigo de verdade

Te ama com lealdade.

Deus te abençoe e te de algum sentimento...

Carla Veloso
Enviado por Carla Veloso em 27/08/2013
Código do texto: T4454576
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