O TEMPO
Em suas manobras, arranjos e fascínios,
As mais das vezes, a nos surpreender
Nalgumas das suas, austero, como só ele o é,
Nos cativa, deixando-nos envolvidos em suas tramas,
Acontecimentos, estes, que nos enclausuram nos ilhando
A nos distanciar de tudo que nos apraz, enquanto A vida,
Destra, passa pelas urdiduras do Senhor tempo.
E surpresos ficamos nós com Ele e com Àquela,
Ora suspensos nas mãos de um ora nas do outro
Concorrentes, ambos, a nos estampar em suas obras,
Retratando-nos como infantes, o que ainda somos na verdade,
Não obstante, retidos em realidades onde uns se encontram
Estagiando em busca dos porquês,
Enquanto outros em níveis mais adiantados indagam para quê!
Conquanto todos nós, a nos surpreendermos com o tempo
E sem alcançar compreender os revezes da própria vida!