“O ciclo da vida” - Infância ( 1º capítulo )

O ciclo da vida é composto pela infância, adolescência e por fim pela fase adulta, por questões quase sempre óbvias a melhor fase de grande parte dos seres humanos é nada mais nada menos que a infância ... A fase das novidades em que tudo é tratado com a pureza e a inocência de uma criança.

Como de costume absolutamente ninguém tem a vida igual a de ninguém, mas de um modo geral podemos dizer que sim, a infância é aquela bela fase em que aproveitamos tudo, a troco e nem a preço de nada.

Desde a fase em que nascemos “sacrificamos” nossos pais, oferecemos a eles a responsabilidade de tomar conta de uma vida, até antes mesmo de nascermos nossas mães já sofrem, se sentem mal e ainda pra variar na hora do parto sentem dor, enquanto nossos pais acordam cedo diariamente para trabalhar e nos dar o mínimo que uma vida estável e comum requere, um lar, higiene, alimentação ...

Se fizermos certas observações hoje podemos ter a certeza de que a responsabilidade de criar um filho não é nada fácil, nascemos, e então começamos a ser educados pelas pessoas que mais nos amam, dependemos de tudo sem exceções, aprendemos a andar a falar, e é dessa educação inicial que forma o ser humano que você será pelo resto de sua vida ...

E conforme passam os dias vamos sendo avaliados com novos objetivos e tarefas, e então chegamos na fase em que vamos para escola, novos ares, novos amigos, novas regras.

Passamos dia pós dia, anos após anos, e se quer fazemos ideia do problema que nossos pais e familiares estão passando, a vida nessa fase é uma tremenda férias anual.

Já dentro da escola percebemos um pouco da malícia que a vida nos obriga a enfrentar, a aprender, temos de nos virarmos sozinhos, nossos pais os grandes protetores de nossas vidas não estão por perto, e é ai que começamos a tomar forma, nos moldarmos cada vez mais para a vida, aprendemos desde cedo que não podemos confiar em qualquer pessoa, que devemos cuidar do que é nosso e que principalmente, devemos respeitar o próximo ou seremos excluídos da sociedade.

Desde criança temos pequenas provas na vida que aparentemente são bobas, até mesmo aos olhos dos adultos, mas amigo ( a ), se você realmente for parar para analisar, vai ver que é apenas um teste que será extremamente útil no seu futuro, criamos novas pequenas e puras amizades, e desde então já aprendemos a valoriza-los, temos o nosso primeiro contato com diversos tipos de sentimentos, desde a tristezas á alegrias, lidamos com pessoas violentas e aprendemos a nos defendermos sozinhos, aprendemos também a ter responsabilidades, ter a consciência de que até então o mundo foi uma grande colônia de férias mas que não viemos até ele a toa, e que cada ciclo tem seu começo, meio e fim.

Criamos as nossas rotinas, deveres, mas acima de tudo brincamos muito, e são as coisas que mais marcam as nossas vidas, as amizades verdadeiras que jamais se distanciam, aprendemos também a perder amizades que não eram tão verdadeiras assim, mas nos importamos muito menos que hoje, porque até mesmo as “amizades nem tão verdadeiras assim”, são esquecidas e tudo volta ao seu normal, somos apenas crianças.

Passeamos com nossos familiares, somos o centro das atenções, andamos de bicicleta e nesses primeiros tombos, lá pra frente, descobrimos que pra aprender a domar um objeto primeiro somos domados, na persistência caímos, até choramos, sentimos dor mas nos levantamos e voltamos até aprender, e aprendemos.

Fazemos arte e até mesmo as vezes apanhamos por algumas delas, e ai descobrimos que nem tudo pode ser feito, nem tudo que desejamos podemos ter, nem tudo que fizermos teremos razão e que quem te ama de verdade, não ira passar a mão na sua cabeça sempre, mas sim pegar no seu braço e te dar uma injeção de realidade até você entender que não é dono do mundo, que todos temos nossos limites.

Em meio a tantas brincadeiras, arranhões, machucados, brigas passageiras e diversões, somos obrigados a termos o primeiro contato com o sentimento ao próximo, em meio a tantas amizades e brincadeiras, descobrimos que além de todo esse mundo colorido existe a paixão, o gostar ou até mesmo o amor... Sim aquele primeiro grande amor que você não esquece até o fim de sua vida, acontece ...

Sofremos com aquilo desde cedo e a partir daí, aprendemos a lidar com a vergonha e a coragem, ficamos na dúvida entre permanecer com a vergonha , ou enfrenta-la e ir em busca do seu objetivo, coisas puras , momentâneas.

A partir daí existem duas grandes possibilidades, conseguir o que quer e se sentir no paraíso, ter com quem compartilhar suas brincadeiras, seus doces, sua vida ... Sentir a sensação do apego e segurar a mão de alguém que você gosta e descobrir de verdade o que é paixão sem segundas intenções, ou simplesmente não atingir seu objetivo e aprender a lidar com o sofrimento.

É ... Crianças também sofrem, desse momento pra lá algumas crianças se revoltam e simplesmente não querem mais saber do amor por ser algo tanto quanto sofredor, difícil de lidar, outros persistem e entendem que a vida não é um belo mar de rosas, e se você quer alguma coisa terá de correr atrás e fazer por onde.

Enquanto os adultos observam e brincam com a situação, “claro tão novo sofrer, é apenas uma criança”, mal sabem que assim como as outras fases, a infância é extremamente importante para a nossa formação, que chegará o dia em que isso será quase que constante, faz parte da vida, decepções, perdas, emoções e sentimentos, e esse é o tipo de criança que cresce conforme a vida normalmente decide ensinar, porém existe diversidades em nossas vidas.

Existem as crianças que nascem no famoso “berço de ouro”, tem tudo na vida, o que nem sempre é favorável, tudo depende de quem os cria, humildade é um dos princípios básicos que um ser humano deve ter...

Existem as crianças pobres que desde cedo já são obrigadas a lutarem pelo pão de cada dia, dividir o pouco que tem com os outros por não pensar em si só, e é uma grande oportunidade de aprender que mesmo com pouco a honestidade é também um requisito básico para o ser humano.

Tirando base em tudo que passamos quando crianças, percebemos que aprendemos a viver brincando, que ainda que seja a melhor fase da vida, não é a de todos que são simples, fáceis, se olharmos para tudo que já passamos na infância podemos nos privar e nos prevenirmos de diversas situações que nos são postas nas próximas fases da vida que vem logo a seguir.

Crescemos com a pureza de que jamais cometeremos erros por sermos maldosos e que isso jamais passará pelas nossas cabeças, que fazemos apenas o que fomos instruídos a fazer, seguimos exemplos que nos foram dados, e que somos o futuro do mundo que nos foi proporcionado.