ESPELHO D'ÁGUA

ESPELHO D'ÁGUA

Naquele espelho d'água

Vejo minhas 63 faces

Em constante mutação

Firme desprovido de emoção

A cada ano uma pedra

É jogada n'água

As pequenas marolas

Duram 1 ano e vão

Provocando as constantes

Mudanças até o fim

Ontem mais uma pedra

Foi jogada n'água

As mudanças continuarão

Até que a água fique parada

Detesto cada vez mais

Águas paradas, que não movem moinho

E nada moem

Quero continuar sendo moído

Por um bom tempo

Até que vire pó

Implacável destino

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 07/07/2013
Reeditado em 07/07/2013
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