Deserto
Meus pés estão cansados, não tenho lugar para descansar.
O sol sobre minha cabeça é escaldante, juízo me escapou,
Os abutres me cercam, disputam minha carne ainda vivo.
De minhas tantas fantasias, as miragens fizeram-se reais.
Minha sombra se levanta e acusa-me por esta peregrinação,
A areia é quente, fere-me os pés, minha lingua esta colada,
Sequidão é o amargor d'alma, longe da fonte d'águas pereço.
A escuridão se aproxima, fico a sua mercê sem óleo ou gás.
Em que tempo me perdi? O meu "ego" sustentei?
Fui transportado com as púpilas dilatadas pelo mundo...
Arrasto-me com dores, olhando as estrelas despontarem,
Na escuridão d'meu deserto, sem saber ao certo onde chegar.
"O contraste do justo para o injusto".
Salmos 1. Salmo de Davi. Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite.
Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.
Não são assim os ímpios; mas são como a moinha que o vento espalha.
Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos.
Porque o SENHOR conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá.
Todos saibamos fazer de nossas escolhas um doce refugio.
imagem: Prometeus/Google.