O MONSTRO NO MEU ARMÁRIO
Olha só a que ponto chega um ser humano.
Quando pequeno tem medo de escuro, bicho papão, ladrão, cabra cabriola e até de palhaço.
Quando adulto, deixa para trás estas coisas e passa a cultivar novos medos.
Coisas de adulto. Maduras, pensadas, elaboradas, vivenciadas.
Nada de medo bobo de criança.
Porque adulto que se preza, tem pavores, traumas, neuroses, distúrbios, síndromes e outras coisas com nome pomposo e que no fundo ninguém sabe bem o que significa.
Criança quando tem medo, chora, chama os pais, dorme com a luz acesa.
Aí a mãe vem faz um carinho e o monstro do armário vai embora.
Já o adulto acha graça de tudo isso, porque sabe que monstros no armário não existem e se existem ficam presos, sufocados, recalcados.
Mas estes bichos são danados.
Alguns crescem tanto que ficam fora do controle e aí, meu amigo, só mesmo remedinhos de tarjar preta, divã e muita cachaça para calarem a boca.
Enfim, criança tem medo de perder a festa, o dia na praia, a amizade do vizinho, o brinquedo favorito.
Adulto, que é o todo poderoso, tem medos muito mais sofisticados: fracassar, ser rejeitado, criticado, humilhado...
Enfim, adulto é um bicho muito esquisito.
Eu tenho pensando nisto depois que ouvi uma frase que dizia que ninguém pode ser tão bom em tão pouco tempo.
Sei lá, fiquei com medo de descobrir que a arrogância também pode se disfarçar em humildade e que tem um monstro muito grande habitando meu armário.
Olha que coisa!
Logo eu que me orgulhava da minha humildade! Hahahaha.
Mas eu não desanimo.
Tenho minha prerrogativa de adulto.
Vou logo tratando de dar um nome para isto e procurar na minha infância uma razão freudiana para o problema.
Pode ser que não me resolva, mas que fica muito mais bonito... ah, isto fica!
Quando pequeno tem medo de escuro, bicho papão, ladrão, cabra cabriola e até de palhaço.
Quando adulto, deixa para trás estas coisas e passa a cultivar novos medos.
Coisas de adulto. Maduras, pensadas, elaboradas, vivenciadas.
Nada de medo bobo de criança.
Porque adulto que se preza, tem pavores, traumas, neuroses, distúrbios, síndromes e outras coisas com nome pomposo e que no fundo ninguém sabe bem o que significa.
Criança quando tem medo, chora, chama os pais, dorme com a luz acesa.
Aí a mãe vem faz um carinho e o monstro do armário vai embora.
Já o adulto acha graça de tudo isso, porque sabe que monstros no armário não existem e se existem ficam presos, sufocados, recalcados.
Mas estes bichos são danados.
Alguns crescem tanto que ficam fora do controle e aí, meu amigo, só mesmo remedinhos de tarjar preta, divã e muita cachaça para calarem a boca.
Enfim, criança tem medo de perder a festa, o dia na praia, a amizade do vizinho, o brinquedo favorito.
Adulto, que é o todo poderoso, tem medos muito mais sofisticados: fracassar, ser rejeitado, criticado, humilhado...
Enfim, adulto é um bicho muito esquisito.
Eu tenho pensando nisto depois que ouvi uma frase que dizia que ninguém pode ser tão bom em tão pouco tempo.
Sei lá, fiquei com medo de descobrir que a arrogância também pode se disfarçar em humildade e que tem um monstro muito grande habitando meu armário.
Olha que coisa!
Logo eu que me orgulhava da minha humildade! Hahahaha.
Mas eu não desanimo.
Tenho minha prerrogativa de adulto.
Vou logo tratando de dar um nome para isto e procurar na minha infância uma razão freudiana para o problema.
Pode ser que não me resolva, mas que fica muito mais bonito... ah, isto fica!