Meus filhos estão crescendo
Tenho três filhos: uma menina de quase 14 anos, uma de 11 e um menino de 6.
Todos saudáveis, inteligentes, curiosos e muito belos.
Como toda mãe, me preocupo se estão agasalhados, se comeram, se escovaram os dentes, estudaram para a prova e tantos outros detalhes típicos de mãe.
Tudo vai bem com os conflitos e questionamentos próprios das idades.
Algumas noites, porém, perco o sono.
Fico acordada fitando o teto no escuro e me perguntando também coisas típicas de mãe:
Será que estou sendo uma boa mãe?
Será que não deveria passar mais tempo com eles?
Será que tenho dado bons exemplos?
Será que não deveria ter trocado as horas de arrumação, compras, leitura, filmes, estudo por horas na cozinha, em família, fazendo um bolo de chocolate?
Quem sabe eu deveria ter brincado mais de banho de mangueira, ter lido mais histórias em quadrinhos, ter feito mais festa...
Estas noites insones aumentam à medida que eles crescem. É como se o tempo estivesse vazando por entre meus dedos e eles, que antes eram bebês dependentes e frágeis, hoje já se mostram altivos, desafiadores, donos de seus espaços e seus tempos e eu não fiz tudo o que gostaria de ter feito.
Eu, obviamente tento me convencer com todas as teorias possíveis de que é tudo normal, tudo natural. “Filho é para o mundo”, “mais dia menos dia, o ninho vai ficar vazio”, “é assim mesmo, cada fase tem sua beleza”. Eu sei de tudo isto, já decorei, gravei, mentalizei. Meu cérebro compreende, mas meu coração, não.
Meu coração fica apertado quando olho para a menina que agora já é uma moça e me pergunto onde foram parar as brincadeiras na areia, os bichinhos de pelúcia e o cheiro de bebê.
Eu me surpreendo quando minha filha do meio, com seu jeito docemente ácido me questiona ou lança suas críticas sábias do alto dos seus 11 anos e me pergunto cadê a menininha que dormia no meu colo, que queria ver o mesmo filme uma centena de vezes e que se contentava com um sorvete colorido no meio da tarde.
Vejo meu filho de seis anos moldando sua personalidade para o mundo adulto. Aprendendo os papéis diversos que terá que exercer um dia e meio boba ainda procuro os dedinhos gordos e as pernas bambas que ensaiavam os primeiros passos.
O fato, é que o tempo passa muito rápido. Tão rápido que nem sempre conseguimos dizer o quanto amamos, nos importamos e somos gratos.
O tempo não vai parar. Vai passar e eles crescerão mais. E se hoje, eu sinto saudade dos bebês, sentirei das crianças, depois dos adolescentes e por fim, olharei os adultos maravilhosos em que se transformaram e aprenderei com eles.
A mãe um dia, de certa forma, se tornará filha.
E eu? Bem, vou seguindo com meus questionamentos madrugada afora. No meio deles, a certeza de que não há, nem amor mais profundo, nem dádiva maior.
Tenho três filhos: uma menina de quase 14 anos, uma de 11 e um menino de 6.
Todos saudáveis, inteligentes, curiosos e muito belos.
Como toda mãe, me preocupo se estão agasalhados, se comeram, se escovaram os dentes, estudaram para a prova e tantos outros detalhes típicos de mãe.
Tudo vai bem com os conflitos e questionamentos próprios das idades.
Algumas noites, porém, perco o sono.
Fico acordada fitando o teto no escuro e me perguntando também coisas típicas de mãe:
Será que estou sendo uma boa mãe?
Será que não deveria passar mais tempo com eles?
Será que tenho dado bons exemplos?
Será que não deveria ter trocado as horas de arrumação, compras, leitura, filmes, estudo por horas na cozinha, em família, fazendo um bolo de chocolate?
Quem sabe eu deveria ter brincado mais de banho de mangueira, ter lido mais histórias em quadrinhos, ter feito mais festa...
Estas noites insones aumentam à medida que eles crescem. É como se o tempo estivesse vazando por entre meus dedos e eles, que antes eram bebês dependentes e frágeis, hoje já se mostram altivos, desafiadores, donos de seus espaços e seus tempos e eu não fiz tudo o que gostaria de ter feito.
Eu, obviamente tento me convencer com todas as teorias possíveis de que é tudo normal, tudo natural. “Filho é para o mundo”, “mais dia menos dia, o ninho vai ficar vazio”, “é assim mesmo, cada fase tem sua beleza”. Eu sei de tudo isto, já decorei, gravei, mentalizei. Meu cérebro compreende, mas meu coração, não.
Meu coração fica apertado quando olho para a menina que agora já é uma moça e me pergunto onde foram parar as brincadeiras na areia, os bichinhos de pelúcia e o cheiro de bebê.
Eu me surpreendo quando minha filha do meio, com seu jeito docemente ácido me questiona ou lança suas críticas sábias do alto dos seus 11 anos e me pergunto cadê a menininha que dormia no meu colo, que queria ver o mesmo filme uma centena de vezes e que se contentava com um sorvete colorido no meio da tarde.
Vejo meu filho de seis anos moldando sua personalidade para o mundo adulto. Aprendendo os papéis diversos que terá que exercer um dia e meio boba ainda procuro os dedinhos gordos e as pernas bambas que ensaiavam os primeiros passos.
O fato, é que o tempo passa muito rápido. Tão rápido que nem sempre conseguimos dizer o quanto amamos, nos importamos e somos gratos.
O tempo não vai parar. Vai passar e eles crescerão mais. E se hoje, eu sinto saudade dos bebês, sentirei das crianças, depois dos adolescentes e por fim, olharei os adultos maravilhosos em que se transformaram e aprenderei com eles.
A mãe um dia, de certa forma, se tornará filha.
E eu? Bem, vou seguindo com meus questionamentos madrugada afora. No meio deles, a certeza de que não há, nem amor mais profundo, nem dádiva maior.