Eu...
Eu nunca fui muito boa em chorar as minhas dores.
Adio, amanhã outra coisa talvez me distraia e então, um dia, já nem doa tanto.
Mas esses lutos que evito, ah, esses lutos que eu não quero!
A solidão me devora e ninguém nota.
E por passar assim, como se não fosse, ninguém realmente entende o que me mobiliza.
Eu tento explicar, mas fica chato.
Eu quero contar, mas não consigo.
Eu quero gritar a tanta gente o que eu entendo - porque entendo, eu entendo e, de algum modo, eu busco gente como eu, assim sozinha, mesmo sendo diferente.
Eu busco as coisas incomunicáveis. Eu busco anestesias impossíveis, que a dor de viver é tanta e tão profunda.
Eu busco afagos e abraços e eu talvez nem mereço