Eterno mar

Tudo muda o tempo,

Tudo muda o tempo todo.

Tento imaginar-me daqui a algumas décadas,

como será esse mar?

e essas estrelas?

E o meu ponto de vista?

minhas opiniões?

E as leis?

Onde morarei?

Neste único mar?

Agora sei e nada sei também.

Quero sorrir, sentir prazer,

sentir o ar e ouvir as borbulhas da água.

A avenida tá livre e os coletivos vazios, quero apenas sorrir e vê o luar...

O mar existirá e os confins também existirão.

Chegará o momento em que verei as estrelas chorarem!

E o meu ponto de vista já não será mais o mesmo.

Mar mesquinho que só pensou em si,

e nada em mim, nada em nós.

E cada vez eu percebo que a vida necessita mais de mim.

Não sei se o fim existe, mais faço do presente o eterno fim.

Eulânia de Andrade
Enviado por Eulânia de Andrade em 24/02/2013
Reeditado em 24/05/2018
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