Desabafo às 5 e pouca da tarde
Tem dias que eu acordo com a pulga atrás da orelha, pra arranjar um dilema, pra inventar um problema. Tem dias que eu canso de fazer tudo e rede não fazer nada, aí eu sei que alguma coisa está fora do lugar e algo tem de ser mudado. Descobri que me isolar nem sempre resolve, as vezes só nos faz afundar mais. Eu preciso fugir, pegar minhas coisas e as 30 pessoas que mais amo e fugir, fundar uma república com elas, bem longe desse mundo louco, animal, anormal. As vezes é o que acho que tem me enlouquecido tanto, que alimenta essa pulga atrás da orelha. O tédio e essa saudade. 30 pessoas. Ou algo em torno disso. Quando vejo o tempo passando e vejo o quão distante elas estão, cada vez mais sinto me desfazendo, perdendo parte do que eu sou. Ah, eu sinto falta de quando éramos doidos varridos, pensadores baratos, que só falavam merda e alguma coisa que fazia sentido. Quando eramos inseguros, mas o riso ers seguro, era certo, era verdadeiro. A vida enfim nos separou, as portas do passado se fecharam... Aonde estao vocês agora?
*Dedicado a amigos do 1° ano do ensino médio, etc...
Rio, 4 de janeiro de 2013.