Não sei, vida? Não sei.
Não consigo mais lidar com TUDO isso. Infelizmente, está difícil.
A gente passa a vida inteira esperando que muitas coisas e várias coisas aconteçam e acontecem. Foi assim comigo. Esta noite acredito que preciso dizer.
Amei um homem há muito tempo atrás. Seu nome? Não direi, dispensa comentários. Alguns, a maioria dos que me conhecem razoavelmente sabem de quem falo. Amei-o com todas as minhas forças. Cada beijo, cada toque, cada lembrança, cada sonho faziam-me diferente. Depois de muito tempo eu perdi tudo isso, por acasos e descasos da vida. Fechei-me em minha casca. Fiz dela uma muralha. Magoei muitas pessoas com isso. Peço-lhes desculpas, mesmo sabendo que não irá resolver. Depois de muito tempo a muralha caiu. Com ajuda, mas caiu.
Voltei a sonhar, sentir, amar, pensar, ser quem realmente sou. Foi maravilhoso. Mas acho que chegou a hora do caranguejo voltar pra casa, não?
Eu e você colidimos, vida. Você soube como lidar com isso, eu não. Eu nunca soube. Eu sempre fui fraco, ingênuo, delicado. Confuso, perdido. Criei para mim uma imagem de forte, intocável, indestrutível que, por anos, consegui manter, mas que, hoje, dói. Escrevo com as lágrimas caindo, um absurdo chorar! Mas, hoje, diferente de ontem, não consigo conter.
Queridos amigos, companheiros, alunos, familiares, conhecidos, desconhecidos, peço desculpas por N-coisas. Está difícil lidar com TUDO o que se passa na minha cabeça. Preciso de um tempo pra mim, pro Gustavo, sabem? Por isso, retiro-me da vida, deixo-a, não literalmente, pois, como me disseram hoje: “Gustavo, você ama demais pra morrer”.
Por enquanto é isso.