Versos ao vento
Para onde vão todas essas almas apressadas?
Todos esses corpos cansados?
Olhos abalados pela insônia,
Palavras covardes,
O tictac do relógio fala mais alto,
O vento trás uma pesada nostalgia.
Caminhamos sem destino,
Tudo é incerto.
Minha voz não sai,
Milhares de olhos falam
E as bocas vêem tudo.
Meus pensamentos não serão entendidos
Por nenhum esquizofrênico,
Nem interpretados por nenhum dislexo.
Saudades da minha sanidade,
Ninguém é são o suficiente para determinar quem é louco
Gritos mudos são ouvidos pelos fantasmas da solidão
Se sou feliz?
Tecnicamente não, mas sinceramente sim
Uma balança de meio termos me assombra,
O ser e o não-ser me assusta
Continuarei a observar faces desconhecidas.
Meu coração faminto clama por algo que não existe
Meu corpo pede por um toque real.
Estou perdendo o controle.
Meu tempo acabou.