Versos ao vento

Para onde vão todas essas almas apressadas?

Todos esses corpos cansados?

Olhos abalados pela insônia,

Palavras covardes,

O tictac do relógio fala mais alto,

O vento trás uma pesada nostalgia.

Caminhamos sem destino,

Tudo é incerto.

Minha voz não sai,

Milhares de olhos falam

E as bocas vêem tudo.

Meus pensamentos não serão entendidos

Por nenhum esquizofrênico,

Nem interpretados por nenhum dislexo.

Saudades da minha sanidade,

Ninguém é são o suficiente para determinar quem é louco

Gritos mudos são ouvidos pelos fantasmas da solidão

Se sou feliz?

Tecnicamente não, mas sinceramente sim

Uma balança de meio termos me assombra,

O ser e o não-ser me assusta

Continuarei a observar faces desconhecidas.

Meu coração faminto clama por algo que não existe

Meu corpo pede por um toque real.

Estou perdendo o controle.

Meu tempo acabou.

Nana Calorina
Enviado por Nana Calorina em 05/12/2012
Código do texto: T4021433
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