A arte de escrever
A arte de escrever
A solidão do ato de de escrever
atrai infinitas multidões subjetivas e coletivas
à medida que toda palavra adâmica
nomeia o homem, que nomeia o objeto
a partir do que mais homens se cercam.
O ato de escrever põe nas letras
a experiência do prazer e do sofrer
como ondas viciosas irresistíveis.
Impossível impedir que a impulsiva solidão
invada cada alma fazendo-a pensar e
viver de forma intensa e possessiva
como uma manhã a florescer.
Quando escrevo sinto, não silogizo.
No cosmo apenas a voar a alma e seus pensamentos,
intuitivos pássaros nos céus fraseando
que escrever é adaptar-se ao inadaptável,
é vencer sonhos, é pactuar com a comodidade da alma,
é revelar-se, é amar.