POR ONDE ANDAR

Na vida, muitas vezes somos obrigados a parar, não o caminhar, mas parar a mente atribulada por pensamentos em desarmonia.

E quando atendemos tal chamado, nos sentimos viajando por outros espaços, que se prestarmos atenção, não são estranhos, porem, não temos certeza se de fato é isso mesmo.

Será que estamos delirando ou sonhando com algo maior que foge a nossa compreensão?

Somos criaturas conscientes, pelo menos acreditamos que assim é, mas por que então nos detemos em meio a pensamentos confusos, ininteligíveis para a nossa imaginação?

Será que tudo o que já vivemos e tudo o que aprendemos e apreendemos não será mais do que suficiente para compreendermos tudo?

Afinal, quantas experiências foram vivenciadas, quantos aprendizados adquirimos, e ainda assim temos que nos submeter a respostas como eu não sei, ou não tenho certeza.

O que leva a embotar a nossa mente para que tenhamos que nos render a esses fatos?

Somos racionais, e eu me pergunto: será mesmo assim? Todas as prerrogativas que nos fizeram crer nas capacidades intrínsecas que possuímos, não são suficientes para olharmos o mundo e a vida que nos cerca com mais confiança, com a certeza de que realmente tudo sabemos? Por alguma razão esse conhecimento permanece oculto nos meandros da mente, talvez até despreparada para dar respostas mais claras aos nossos questionamentos.

É... tudo isso é muito confuso e estranho, é como uma criança tentando alcançar um objeto qualquer, mas que o seu tamanho ainda não permite.

É preciso que tudo isso seja colocado no papel, talvez assim as respostas comecem a surgir nas entrelinhas do texto. Ao que parece, nem tudo pode nos ser revelado de uma vez, é preciso que antes caminhemos por várias estradas, e cada uma dessas estradas terá as respostas que tanto desejamos, mas que por ora não estamos habilitados a andar sobre elas.

Irônico isso tudo, mas parece até que começa a fazer algum sentido, não sei se para todos.

Se fecharmos os olhos e silenciarmos a mente, é possível que alguma coisa comece a mudar, e finalmente se manifestem as respostas para os incontáveis questionamentos que fazemos.

Parece coisa de doido, mas assim somos nós, criaturas ansiosas por respostas, mas que não se permitem parar para ouvi-las.

Ah... os seres humanos!