O passar do tempo

Uma cascata de prata

Que corre das tuas veias

Mancha o tapete alado

Na sala ao lado

No inicio do sonho, era possível

Pois o tempo não anda devagar

Se arrasta por ruas estranhas

O avesso se mostra ao contrário

São dois lados da mesma moeda

Sentimentos inadequados aos anjos

Para os que gostam da noite

Que cantam suas tristezas

Aquele último filme, que sempre vem

Chegou agora com o vento frio

Me fazem companhia na entrada

Passos pesados que me castigam

Luz estranha que tanto me incomoda

Quem me dera voltar pra escuridão