Conheça-te

Conhecer a sí mesmo é explorar as trevas do qual tanto se tenta acreditar não existir. Entre elas, se perder entre as ilusões de olhares belos e sussurros do luar, de caminhar entre as estrelas com fantasmas e se despedir daquilo que lhe conhece enquanto é levado pelas ondas da realidade.

Estar preso entre corpos sem sentido. Viva! Eles dizem, gritam para as sombras que o cercam desde criança. Seus dizeres se perdem na ironia de suas vivências.

Suas asas queimam ao Sol, as labaredas são tão lindas de olhar. A agonia no olhar se esconde por entre a máscara fria que todos vêem como sua vida, desperdiçada entre pensamentos que não se pode evitar e sonhos alimentados pelas palavras vazias desses corpos sem sentido que ousam julgar sonhos perdidos.

Amar é um luxo de todos, mas nem todos sabem o que é o amor. A simples palavra se perde entre bocas já perdidas de um contexto que talvez nunca existiu. Mas talvez seja por isso que é tão bom amar, de ter s

onhos julgados e perdidos, dores e cicatrizes escondidas entre máscaras frias e sublimes.

Eu gosto disso. De amar a nossa distância, de caminhar entre as estrelas imaginando sua voz. O sussurro do Luar me conforta entre a realidade da sua existência. Saber que não existo para alguém que esconde o sentido de minha vivência, a qual não consigo mais encontrar entre os suspiros dessas trevas e os gritos de meus cortes. Talvez faltem mais lágrimas neste momento, mas chorar é um luxo dos fortes e minha fraqueza me consome, mais do que nunca, nesta quente noite de solidão.

Que as memórias me perdoem, mas estou farto de sonhar. Que o amanha seja diferente, mesmo que não tenha algum valor, pois esses dias vazios cansam o meu ser... Se é que ainda sobrou algo para se perder entre as trevas da noite.