difuso
Isso não é vida, não é. Descoloriram. Puseram jaula. Isso não é vida, não é, não é. Aí reanimaram. Oscilação. Preto, branco. Arco, íris. Isso não é vida, não é. Cadê vontade? Cadê sonho? Isso não é vida, não é, não é. Cantos de passarinho soam como gotas d’água no meio do oceano bravo. O loop infinito num ciclo de semeaduras infecundas. Um rumo sem rumo desgovernado à mercê da corrente. Corrente. Preso. Jaula. Ou liberdade? Isso não é vida, não é. E então, vazio. Vácuo que suga tudo para si. Sorrisos se tornam efêmeros, o vivo se torna pálido. Colorido se torna monocromático e o livre se torna preso. A liberdade também pode ser fruto de correntes. Do corrente. O corrente. O atual. Isso não é vida, não é, não é.