ATEUS POR SEUS TEXTOS
1.JESUS NUNCA EXISTIU
‘Jesus Cristo não passa de mais outro arquétipo onde os fracos de compreensão se agarraram’.
“A crítica mais cética deve respeitar a verdade desse fato extraordinário e a integridade desse tão famoso texto de Tácito.”
2.RELIGIÃO NUNCA MAIS!
‘Sei da importância da figura de Jesus pra muitos cristãos, mas como ex-católico, fico agradecido a todos os autores (filósofos, historiadores etc) que li, e me fizeram ver como existem falsidades nas religiões e como elas podem ser perniciosas nos empurrando dogmas’.
3.JESUS NÃO É O CARA
‘Você não entende como não consigo enxergar Deus na figura de Jesus’.
Negar a Cristo é negar a Deus, não há meio termo no que se refere a esse tema.
‘A forma mais comum de loucura é a crença apaixonada no palpavelmente falso’.
A afirmação, em seu contexto tendencioso não atribuída a seu autor, o jornalista Henry Louis Mencken, é um ótimo exemplo de ‘palpavelmente falso’.
5.A BÍBLIA NÃO FAZ SENTIDO
‘Essa minha desconfiança da Bíblia começou quando passei a lê-la por conta própria’.
‘Ler por conta própria’ aqui pode ser entendido como ‘atribuindo sentidos e interpretações que me ocorram conforme a minha conveniência e tendência’, o que é a forma mais efetiva de se incorrer em erros diversos de leitura e distorções de toda sorte.
II Pe 1:20 “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.”
6.A FÉ É IRRACIONAL
‘Discutir com um homem que renunciou à sua razão é como medicar um cadáver’.
7.FÉ É PREGUIÇA MENTAL
‘Acreditar é mais fácil do que pensar, por isso existem muito mais crentes que pensadores’.
Na verdade pode ser exatamente o contrário, acreditar pode significar um esforço imenso, principalmente quando se trata daquilo que deve ser a ‘fé de um ateu’ :
Owen Gingerich
Reiterando o que tenho dito ultimamente : é preciso mais fé pra ser ateu que pra ser cristão.
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1.JESUS NUNCA EXISTIU
‘Jesus Cristo não passa de mais outro arquétipo onde os fracos de compreensão se agarraram’.
Sustentar essa posição implica no risco de não ser levado a sério, e até mesmo por ateus com alguma sensatez, já que não há pessoa para a qual existam mais provas históricas de sua existência, no século primeiro, que Jesus Cristo.Seria necessário, por exemplo, afirmar que Flavio Josefo, historiador, foi também um arquétipo e, portanto, tudo o que escreveu não passa de uma ficção histórica – ou apenas ignorar espertamente o que disse a respeito de Jesus Cristo no Antiguidades Judaicas.
E ainda há mais : o texto de Públio Cornélio Tácito, um dos maiores historiadores da Antiguidade (56-57 AC), na parte XV dos seus Anais:
“Nero infligiu as torturas mais refinadas a esses homens que sob o nome comum de cristãos, eram já marcados pela mais merecida das infâmias. O nome deles se originava de Cristo, que sob o reinado de Tibério, havia sofrido a pena de morte por um decreto do procurador Pôncio Pilatos”
Eis o comentário do grande historiador inglês Edward Gibbon (1737-1794) sobre esta evocação do autor de Dialogus de Oratoribus:
Eis o comentário do grande historiador inglês Edward Gibbon (1737-1794) sobre esta evocação do autor de Dialogus de Oratoribus:
“A crítica mais cética deve respeitar a verdade desse fato extraordinário e a integridade desse tão famoso texto de Tácito.”
De fato somente para os autores mais sensacionalistas e neo-ateistas desinformados Cristo é ‘apenas um arquétipo’.Para os que insistem na insânia da ‘ficção cristã’, pelo critério da evidência histórica, seria interessante também colocar em questão a existência de Sócrates, Carlos Magno e Júlio César, apenas a título de coerência...
2.RELIGIÃO NUNCA MAIS!
‘Sei da importância da figura de Jesus pra muitos cristãos, mas como ex-católico, fico agradecido a todos os autores (filósofos, historiadores etc) que li, e me fizeram ver como existem falsidades nas religiões e como elas podem ser perniciosas nos empurrando dogmas’.
Não faz sentido supor que o ateu saiba do que fala quando diz ‘dogma’, nesses termos, é mais razoável acreditar que usa o vocábulo de forma pejorativa.De qualquer modo fica evidente a inconsistência do que afirma já pelo teor emocional do discurso.O leitor é levado a crer que a insatisfação com a fé decorre da leitura de ‘filósofos e historiadores’, que teriam supostamente aberto os olhos do articulista para as ‘falsidades’ da religião, sem que se mencione em momento algum que na escolha mesma desses autores o neo-ateu projeta suas frustrações de ordem emocional, ou quaisquer que sejam, a fim de levantar subsídios que sustentem a sua nova busca pela verdade.Ora, a conseqüência é apresentada como causa, sem o menor constrangimento, ‘a verdadeira corrupção da razão’ segundo Nietzsche em seu CREPÚSCULO DOS ÍDOLOS.
3.JESUS NÃO É O CARA
‘Você não entende como não consigo enxergar Deus na figura de Jesus’.
Até onde haja algo a ser ‘entendido’ a afirmação acima pode ser traduzida apenas em ausência de fé e negação irracional de evidência histórica da ressurreição Jesus Cristo.
Negar a Cristo é negar a Deus, não há meio termo no que se refere a esse tema.
Entender o que leva alguém a negar a divindade de Cristo é, em grande parte, colocar em perspectiva o que está em jogo quando se decide abrir mão de uma percepção equivocada, baseada em preconceito, a respeito da fé : pode significar renunciar a toda uma trajetória de vida e visão de mundo erguida sobre negação radical.Admitir o próprio erro, nesse caso, pode ser um passo grande demais para alguns, é até certo ponto natural que não seja tão simples uma tão extrema mudança de atitude.
4.CRISTIANISMO É LOUCURA
‘A forma mais comum de loucura é a crença apaixonada no palpavelmente falso’.
A afirmação, em seu contexto tendencioso não atribuída a seu autor, o jornalista Henry Louis Mencken, é um ótimo exemplo de ‘palpavelmente falso’.
Associar fé a desequilíbrio psiquiátrico é expediente antigo – ocorre-me Festo, dirigindo-se a Paulo : ‘Estás louco, Paulo; as muitas letras te fazem delirar’ – assim como associar fé a ignorância, qual Celso (178 d.C.) em A VERDADEIRA PALAVRA, considerado o primeiro ataque textual ao Cristianismo.Não é difícil perceber, no entanto, que nem Festo, nem Celso, nem Mencken e nem o leitor tardio de Mencken tinham uma noção muito clara a respeito do que diziam – esse último, a exemplo da atitude inconseqüente de neo-ateus, provavelmente usaria uma frase de pára-choque de caminhão que lhe parecesse suficientemente impactante...
Não sabemos a que, exatamente, Mencken se refere quando diz ‘a forma mais comum de loucura’ e não faz a menor diferença, na verdade : ele poderia estar falando de leve neurose, psicose ou transtorno de personalidade, a partir da observação de seus sinais e sintomas, ou de qualquer elemento comportamental que ele julgasse tratar-se de loucura, Mencken não era psiquiatra ou psicólogo e a sua afirmação tem o valor da opinião de qualquer pessoa a respeito de qualquer assunto, inclusive sobre os que não domina, particularmente esses.Ao associar dois elementos a respeito dos quais sua autoridade é nula, quais sejam, fé e loucura, deixa evidente apenas a dimensão do desconforto que o Cristianismo lhe inspirava e nada mais, o equivalente emocional da birra de um menino mimado.
O leitor tardio e entusiasmado da máxima menckeniana aparentemente preferiu nem pensar a respeito.
5.A BÍBLIA NÃO FAZ SENTIDO
‘Essa minha desconfiança da Bíblia começou quando passei a lê-la por conta própria’.
II Pe 1:20 “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.”
A leitura competente das Sagradas Escrituras implica na observação atenta a alguns pré-requisitos estabelecidos pela Hermenêutica Bíblica.A experiência pessoal de conversão a Cristo e a prática da fé são imprescindíveis nesse processo, conforme I Co 2:14 ‘Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente’.
Entre outras observações importantes no propósito de leitura bíblica cito relevância do contexto ( não dissecar versículos ‘isolados’ ), coerência interna das Sagradas Escrituras e a chamada ‘regra de ouro’, de David L. Cooper : Quando o sentido simples da Escritura é de senso comum, não procure nenhum outro sentido; portanto, tome cada palavra no seu significado literal, usual, primário, a não ser que fatos do contexto imediato, estudados à luz de passagens relacionadas e de verdades axiomáticas e fundamentais, claramente indiquem o contrário.
6.A FÉ É IRRACIONAL
‘Discutir com um homem que renunciou à sua razão é como medicar um cadáver’.
O ativismo neo-ateista estaria melhor representado se entre as suas fileiras militantes não se encontrassem tantos recitadores de ‘celebridades’ ou de ‘ateus famosos’.A afirmação acima é atribuída a Thomas Paine, sabe-se lá em que contexto, e é geralmente usada por neo-ateistas quando querem sugerir que fé e razão são incompatíveis.
Não se sustenta enquanto argumento e traz um pressuposto embutido : com efeito, tentar refutar isso já é assumir que fé e razão sejam, de fato, excludentes.
O que o neo-ateu pretende com isso é evidente, lutar no único plano em que se sente confortável, o das batalhas imaginárias, ora essa!Pois ao compor seu boneco de palha representativo do que supõe ser a Fé e, logo em seguida, sentenciá-lo à morte, acaba por expor seu maior temor, de forma subconsciente, na expressão mesma de sua defesa – ou alguém pode conceber algo mais irracional que a velha e péssima Falácia do Espantalho?
7.FÉ É PREGUIÇA MENTAL
‘Acreditar é mais fácil do que pensar, por isso existem muito mais crentes que pensadores’.
Na verdade pode ser exatamente o contrário, acreditar pode significar um esforço imenso, principalmente quando se trata daquilo que deve ser a ‘fé de um ateu’ :
‘Quem consegue acreditar em múltiplos universos, para desmerecer o principio criacionista, ou diminuir a força do principio antrópico, não deveria ter problemas para acreditar em céu e inferno. Basta considerá-los universos alternativos, funcionando fora do espaço e do tempo de acordo com leis que não operam em nosso Universo. Até o ateu deveria agora conseguir visualizar uma esfera na qual não exista mal nem sofrimento e onde os habitantes nunca envelhecem. Esses conceitos tradicionais, que há muito foram rejeitados como disparates baseados nas leis de nosso mundo, deveriam ser bastante críveis e talvez até obrigatórios para aquele que defende existir uma infinidade de universos’.
Owen Gingerich
Reiterando o que tenho dito ultimamente : é preciso mais fé pra ser ateu que pra ser cristão.
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