Eu e ela.
Eu não imaginava que ela era tão intensa, tão devastadora, tão impulsiva, até que...
que me vi enfrentando batalhas inimagináveis e traiçoeiras dia após dia.
Tive medo, fiquei ausente de mim, sofri em solidão, tive a ausência da família, senti que fui enterrada.
Tive crises existenciais, fui expulsa da vida pela minha patologia que não tem como entender só interpretar da forma que preferir. Ela não dá escolhas. Sinto as mãos ou não sinto, o corpo ou não sinto. Dores, dores e dores... sentir ou não sentir. Não sei qual a escolha, mesmo porque não tenho. Sintomas impossíveis de descrever, é como uma tortura mental... hoje sinto que estou perdendo os movimentos do corpo e não tem o que fazer. Minha dificuldade para digitar é impressionante e já quase não enxergo e peço que perdoem os erros eles são nítidos e banhados em lágrimas por estar ficando ausente de tudo que gosto, que tenho, que preciso. Minha vida por um fio de amor e luz que acredito.
Foi um desabafo de uma mulher com Esclerose Múltipla Grave.
Obrigada
por me ler.