Yolo.

Tenho vivido dilemas em minha vida ultimamente. Como no barroco, onde a dualidade de sentimentos se fazia presente, tenho feito uma confusão quanto a vontade de sentir e a culpa de admitir. Penso em uma pessoa, mas não sei se deveria pensar. "Não é certo", diz a razão pretensiosa e soberba."Não tem nada de errado.", diz meu coração meio cabisbaixo.

E eu? O que eu penso? Bom, eu penso em você. Não teria como não pensar,afinal. Assim como não é fácil dormir todas as noites por te imaginar ao meu lado, te abraçando. Não querendo soltar-te na hora de dizer adeus. Complicado. Estranho. Irremediável.

Você me conquistou de um jeito que eu não consigo transmitir em palavras. Em um beijo, talvez. Seu sorriso meiguinho, sua risada indelicada, seu abraço. Sua presença. A verdade, é que não sei mais como não pensar em você, não desejar-te aqui, não me sentir idiota por te querer perto de mim. Só penso em como ter coragem de dizer essas palavras ao vivo, sem ser por de trás de algo que eu possa me esconder. Você diz que sou sua charada, seu enigma, seu problema. E é isso que almejo de fato ser.

Não paro de olhar para o relógio. Ele está lá, com seus ponteiros apressados girando sem se preocupar com as pessoas que distancia, com os amigos que separa, com a saudade que deixa. Bom.. Eu decretei guerra contra ele e decidi que estava na hora de confessar-te isso, pois daqui a um tempo, poderia ser tarde demais e ele poderia acabar levando para longe a chance que tínhamos. Preocupo-me com alguns detalhes, não nego-te: a complexidade da situação, a reciprocidade, a opinião de certas pessoas que dizem que irei me iludir. Mas tudo isso parece pequeno perto de uma verdade que é bem grande: Eu gosto de você, implicante. Agora resta saber o que o futuro trará.

J Monsôres
Enviado por J Monsôres em 16/09/2012
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