(...)Letras (mal) fixadas
(...)Letras (mal) fixadas
Se a musa me sopra algumas palavras (musa moderna de carne osso, musa gente, musagente, agente dupla: alegria e muita alegria, alergia à tristeza) como "fixador", preciso fixá-las em algum lugar entre o universo e o nada. Onde fixamos essas fadas que ficam rodopiando nossas cabeças? Será que seriam mesmo fadas ou borboletas vindas de palarvas? Fixo-me mas não me fixo em nada com esse fixador de palavras de tinta e papel, ou números binários, ou seja lá qual seja o que você use. Fixador, por sinal, me traz ideia fixa de fixar a dor, irmãos de lua! Fixa-dor não, fixa-lívio...ah...fixa-fixo e fico a fixar palavras por aqui sem sentido nem propósito fixo, um fixo maleável e notável por não estar fixo o suficiente (e ter a mania de ficar saltando de um lado pro outro: da mente pra os dedos pra o papel/tela para os olhos para a mente para a alma...pera, calma...). Não me acho bom fixador: fixei tão mal a dor que deu ardor até nas mentes. Fixo então um ponto atrás de outros, que me parece mais interessante, e deixo aqui mal fixado: o poeta é um fixador de (...)
Dija Darkdija