A inconstância

“Encarar o silêncio em meio ao breu, cogitar sobre a existência do teu eu, persistir na falsa esperança do ‘amanhã vai ser diferente’… É todo dia a mesma lembrança doída vagando na tua mente, e a quem você engana com aquele sorriso dizendo que “já esqueceu”? A ti? Enganas a ti? Hipócrita, covarde! Assume de uma vez por todas a tua fraqueza. Pra que ficar inventando teorias infundadas sobre a tua suposta superação? Sabes que é de longe notável a lágrima que tentas em vão esconder, não sabes? Não vista-se de felicidade se sofres profundamente. Tens o direito e o dever de viver a tua dor, e que importa o que os outros pensarão? Eles sempre irão concluir precipitadamente seja lá o que for, e quanto a isso você não pode fazer nada. Eles não vivenciaram o que tivestes que passar, eles não se importam com o teu estado de espírito, a eles não convém parar de olhar para o próprio umbigo. Logo, não há motivos para forçares sorrisos que não passam de uma história mal contada, se tiver que chorar, chores, ninguém tem nada haver com isso. Mas quando se sentires pronto para sorrir novamente, gargalhe!”