João Helio, criança imaculada.

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Lá está,

o carro,

parado no semáforo.

Em um dia normal,

Num mundo anormal.

Lá vem,

os bichos,

do circo,

deste picadeiro sem igual.

Desta vida animal.

Desce vagabunda !

Era mãe de dois filhos,

era uma mãe ideal.

Deixa eu tirar meu filhinho !

Não ! A vida não deixou.

E arrastou o coração,

daquela mãe,

por sete kilómetros.

Uma criança,

sem mácula,

arrastada,

pela estrada.

Deus vé tudo,

cai uma lágrima no futuro,

Cristo vé a barbárie,

"Pai, porque me abandonaste!?".

Mais um anjo no céu.

Cristo sara suas feridas,

Enxuga suas lágrimas de dor,

vindas de um mundo sem amor.

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Pai, hoje não orarei por mim, nem pelos outros. Orarei por esta criança, morta por filhos cruéis teu.

Sei que já recebeste este garoto contigo. Então, conforta esta família, e julga estes malfeitores, não de acordo com a lei dos homens, que é falha, mas de acordo com tua lei.

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