Elegância
Muitos acreditam que elegância está associada ao poder aquisitivo ou em linguagem comum, a quem tem dinheiro.
Outros, ainda, que elegância se adquire em boas escolas, com roupas caras, bons restaurantes, viagens exóticas.
Há ainda, os que pensam que elegância é ter uma vasta cultura, saber falar sobre diversos assuntos, conhecer moda, vinhos, arte e outros assuntos do gênero.
Tenho que discordar e que me perdoem os "elegantes" ou que acreditam possuir muita classe enquanto apontam o dedo para aquele coitado que ousou frequentar a mesma loja "chiquérrima" que eles, quando acham que elegância pode ser comprada.
Elegância está associada a muitas coisas, mas principalmente à educação e ao respeito.
Ser educado não requer nem dinheiro e nem cultura.
Palavras "mágicas" como obrigada, por favor, com licença; não necessitam de escolas internacionais para serem aprendidas.
Sorrisos também não.
Respeito pelo outro, independente se ele usa a "magnífica" bolsa recém-lançada da LV ou uma sacola de papel no braço, é algo que não se aprende em livros de boas maneiras nem em reuniões exibicionistas no clube caro, pago às custas do limite do cheque especial.
Respeito, é antes de tudo questão de evolução. De caráter também.
Assim, que me perdoem os falsos ricos endividados, os que compram espaço em escolas caríssimas em busca do conhecimento que jamais terão, os que se vestem de marcas famosas para tentar minimizar o humor azedo e a feiúra da alma, os que se julgam mais inteligentes, mais sofisticados, enfim, todos aqueles que se julgam com classe e elegantes, mas não conseguem cumprimentar o atendente da padaria com um sorriso, o porteiro do prédio com bom humor, a diarista com carinho (afinal a roupa dela é horrívell!!!).
Perdoem-me, mas o fato é que o nome disso não é elegância.
É arrogância de mãos dadas com insegurança, com medo, com petulância.
O homem mais elegante que conheci só aprendeu a ler e a escrever depois dos quarenta anos de idade. Da sua boca, jamais se ouviu uma crítica ao outro, uma ofensa ou um palavrão.
Se ele era um santo?
Claro que não.
Era um homem com bom senso, educação, respeito e muita observação sobre si mesmo.
Quando nos enxergamos realmente, as virtudes dos outros aparecem, ou não?
Ai, que tenho muito a aprender ainda.
Imagem: google/site: 45graus.com.br