Serpente Onírica

A chuva cai como cura.

Lentamente lava as perguntas, os medos e os anseios que à meia-luz amarela, rondam o sorriso.

O vento lento, circulando as folhas e fazendo música nos telhados também.

Leva as velhas roupas de serpentes à espera do alimento da alegria.

O amor, declarado e consumado é sempre o melhor linimento.

Nas falas, soluçadas com receio de macular a dedicação de um coração, não há muita exigência.

Há por certo revelação, confissões pessoais e íntimas à espera apenas de um pouco de tempo... De um pouco de paz nas guerras travadas por batalhas de outrora.

Um abraço de “olhos nos olhos” e da fortaleza construída, anunciada e estabelecida é a regra maior para acalmar a alma e quebrar os elos de correntes anunciadas em peles de serpentes oníricas.

Às vezes, ser forte é também admitir a própria fragilidade.

Descansar é preciso, às vezes tudo não passa de noites mal dormidas.

Edeni Mendes da Rocha
Enviado por Edeni Mendes da Rocha em 03/07/2012
Reeditado em 03/07/2012
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