Serpente Onírica
A chuva cai como cura.
Lentamente lava as perguntas, os medos e os anseios que à meia-luz amarela, rondam o sorriso.
O vento lento, circulando as folhas e fazendo música nos telhados também.
Leva as velhas roupas de serpentes à espera do alimento da alegria.
O amor, declarado e consumado é sempre o melhor linimento.
Nas falas, soluçadas com receio de macular a dedicação de um coração, não há muita exigência.
Há por certo revelação, confissões pessoais e íntimas à espera apenas de um pouco de tempo... De um pouco de paz nas guerras travadas por batalhas de outrora.
Um abraço de “olhos nos olhos” e da fortaleza construída, anunciada e estabelecida é a regra maior para acalmar a alma e quebrar os elos de correntes anunciadas em peles de serpentes oníricas.
Às vezes, ser forte é também admitir a própria fragilidade.
Descansar é preciso, às vezes tudo não passa de noites mal dormidas.