Lisbela e o Trem da Vida
Lisbela olhou o verde, arregalou os olhos e não quis mais sair dali.
Achou que tinha chegado em casa... Para sempre.
Respirou com gosto o perfume da planta de cheiro
E esfarelou a terra escura no meio dos dedos antes de levá-la ao nariz.
De repente, porém, ouviu assustada a voz que gritava:
“Venha, menina, que temos que ir e o trem não espera!”
Triste, baixou os olhos da terra que lhe sorria e seguiu viagem.
Quem sabe uma nova paisagem a esperava antes de chegar na casa do avô.
O trem da vida, afinal, é sempre cheio de surpresas.
Acredite, Lisbela.